Benfica 1-1 Boavista | Só nos penáltis a águia domou a pantera

Paulo Cunha / Lusa

O Benfica é o primeiro finalista da Allianz Cup 2021/22. Após um empate um empate 1-1 no tempo regulamentar, os encarnado levaram de vencida o Boavista no desempate por grandes penalidades.

Na meia-final com o Boavista, em Leiria, as “águias” ameaçaram oferecer um desgosto aos seus adeptos com uma exibição desgarrada, sem alma ou ideias, salvando-se algumas combinações ofensivas na primeira parte, a merecerem outro desfecho.

Os “axadrezados” estiveram quase sempre no controlo das operações, tirando no lance do tento de Everton – um erro de Nathan -, empataram de penálti por Gustavo Sauer e terminaram o jogo com muito mais remates que os lisboetas, incluindo enquadrados.

Só que na decisão das grandes penalidades os “encarnados” erraram menos vezes e acabaram por vencer por 3-2.

O Benfica chegou à vantagem mercê de um erro do lateral boavisteiro Nathan, aproveitado com competência por Everton “Cebolinha” (16′).

Os “encarnados” tiveram mais bola, mas nunca tiveram propriamente o jogo controlado, sendo incapazes de travar as inúmeras transições contrárias, em especial pelo lado esquerdo do ataque do Boavista, com Gustavo Sauer em evidência.

Por isso, os “axadrezados” registaram muitos mais remates, nada menos que dez, três enquadrados. As “águias” não passaram dos três, mas criaram os lances mais vistosos e perigosos, pelo que os Expected Goals (xG) dão razão ao marcador.

João Mário, com um rating de 6.0, fruto de cinco recuperações de posse e três desarmes, era o melhor em campo nesta fase.

Excelente recomeço por parte do Boavista, a pressionar e a conseguir trocar a bola perante médios benfiquistas um pouco “à nora”, sem se apoiarem na pressão.

Não espantou o empate, aos 53 minutos, por parte de Gustavo Sauer, de grande penalidade, a castigar erro e falta de Morato sobre Petar Musa.

O Benfica reagiu a esse tento, mas continuou a expor-se, em especial pelo lado de Valentino Lázaro, e em cima da hora de jogo, Musa obrigou Vlachodimos a enorme defesa. O mesmo aconteceu aos 69 minutos, com os mesmos protagonistas.

O jogo arrastou-se até final, algo mastigado, até que Mëité e Pizzi, recém-entrados, abanaram com o jogo perto do fim, com o francês numa bela arrancada e Pizzi a rematar para grande defesa de Bracalli, a segurar o empate e o desempate por grandes penalidades.

Aí, o Benfica acabou por ser mais feliz, com três convertidas contra duas dos boavisteiros – Julian Weigl bateu o pontapé decisivo.

Melhor em Campo

O melhor em campo é prova do desnorte benfiquista.

Tacticamente o Boavista esteve melhor, manteve sempre o jogo mais ou menos controlado, rematou muito mais que os “encarnados” e criou muito perigo, obrigando Odysseas Vlachodimos a realizar seis defesas, algumas de elevado grau de dificuldade, três a remates na sua grande área.

Terminou com um GoalPoint Rating de 7.0, sendo que para fim de nota final conta apenas o desempenho no tempo regulamentar, sem o desempate por penáltis.

Resumo

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.