Triunfo difícil para o Sporting na visita à Belenenses SAD, por 2-1, que assentou numa excelente primeira parte, não só dos “leões” como também da formação “azul”.
Dentro dos primeiros 25 minutos já se contabilizavam três golos, dois para os visitantes, e também duas grandes penalidades, uma para cada lado, sendo que a dos homens da casa foi desperdiçada.
O intervalo refreou os ânimos, em especial do Sporting, que recuou e teve de suster a reacção contrária, apesar de ter jogado o último quarto-de-hora com mais um jogador em campo, terminando ainda a partida com menos remates. Com este desfecho, os homens de Alvalade asseguram uma passagem de ano no comando.
O jogo explicado em números
- Nuno Santos e Feddal, este por lesão, foram os grandes ausentes do “onze” inicial do Sporting para este jogo, com o treinador Rúben Amorim a lançar o jovem Gonçalo Inácio para o lugar do central e Bruno Tabata para a vaga do extremo. E o brasileiro teve impacto quase imediato.
- O “leão” chegou ao primeiro golo do jogo logo aos cinco minutos. Tabata galgou metros pela direita, cruzou e, na grande área, Tiago Tomás dominou, rodou e rematou colocado de pé esquerdo para o 1-0 ao primeiro remate da formação de Alvalade na partida. Melhor arranque era difícil.
- A resposta “azul” surgiu ainda antes do quarto-de-hora. Miguel Cardoso rematou, a bola ainda desviou em Gonçalo Inácio e traiu Adán, para o 1-1. E aos 16 minutos, penálti para os da casa, por falta do guardião espanhol sobre Miguel Cardoso na área. Mas desta feita o avançado permitiu a defesa de Adán.
- Aos 20 minutos já havia muito para contar neste jogo, pelos golos e oportunidades, mas também em termos estatísticos. A Belenenses SAD registava já quatro remates nesta fase, três enquadrados, contra um só disparo da turma leonina – que, por seu turno, dominava na posse de bola, com 56%. O jogo estava animado e prometia mais golos.
- E não foi preciso esperar muito. Aos 23 minutos, Tiago Esgaio “atropelou” Tiago Tomás na área “azul” e, na marcação do respectivo castigo máximo, João Mário não perdoou perante Stanislav Kritciuk, fazendo o primeiro golo desde o regresso a Portugal. Aos 28 quase o 2-2, com Neto a escorregar e a permitir a Afonso Sousa isolar-se, mas Adán salvou o “leão”.
- Jogo de loucos na primeira meia-hora, com os “azuis” a surpreenderem o Sporting, apesar de chegarem a esta fase em desvantagem. Os anfitriões somavam sete remates, quatro enquadrados, os “leões” três disparos, todos com boa direcção e realizados na grande área, e a formação de Alvalade sempre com mais bola (56%).
- Apesar da grande penalidade desperdiçada, Miguel Cardoso liderava os ratings aos 30 minutos, com um rating de 6.4, pelo golo que marcou, pelo penálti que sofreu, pelos dois remates enquadrados em três e um passe para finalização. Tiago Tomás 6.1, com um golo e uma grande penalidade sofrida, era o melhor do Sporting.
- E acabou por ser mesmo Tiago Tomás a chegar ao descanso na liderança dos GoalPoint Ratings, com 6.4.
- O atacante começou por marcar um excelente golo a abrir e foi sobre ele que Tiago Esgaio cometeu falta para a grande penalidade que ia dando vantagem ao “leão” ao intervalo, além de ter completado as duas tentativas de drible.
- Quanto ao jogo, emoção não faltou, com golos e oportunidades e a Belenenses SAD a chegar a esta fase com mais remates e enquadrados, mas o Sporting a dominar na posse e no marcador.
- Tal como na primeira parte, o Sporting arrancou com mais bola – embora desta feita de forma bem mais clara, com 70% de posse aos 60 minutos -, e a Belenenses SAD com mais remates, dois, ambos enquadrados, contra nenhum dos “leões”. Os homens da casa conseguiam chegar com alguma facilidade à área contrária e tapar os caminhos para a sua, pelo que ambas as formações registavam uma acção cada nestas zonas do terreno.
- Muito bem João Mário neste jogo, a manobrar todo o futebol leonino e a atingir os 70 minutos com um rating de 6.4, graças ao golo que marcou de penálti, aos 93% de eficácia de passe, mas também aos três dribles eficazes (100%) e aos dois desarmes. Colectivamente, porém, os “azuis” iam recuperando um pouco da posse e limitavam os forasteiros a somente um disparo desde o intervalo.
- Contrariedade para os “azuis” aos 77 minutos, com o influente Tiago Ribeiro a colocar mão à bola e a ver o segundo cartão amarelo, e consecutivo vermelho, deixando os da casa reduzidos a dez elementos quando tentavam chegar ao empate. Ainda assim os comandados de Petit não desistiram.
- E até marcaram mesmo, aos 85 minutos, por Edi Semedo, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo. Ainda assim, um aviso sério para o Sporting, que continuava longe de controlar a partida apesar de jogar com mais um elemento. Mas já era tarde e aos poucos os anfitriões foram perdendo fulgor, pelo que o Sporting segurou o resultado que construiu no primeiro tempo.
O melhor em campo GoalPoint
Belo jogo de João Mário, embora tenha sido globalmente discreto na sua acção, a defender, a atacar, a coordenar todo o futebol leonino.
O internacional luso foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.4. O médio fez um dos golos do Sporting, de grande penalidade, completou as três tentativas de drible, somou oito recuperações de posse e foi um autêntico “maestro”, com 80 acções com bola (segundo valor mais alto, atrás das 89 de Pedro Porro) e 90% de eficácia nos 60 passes que realizou.
Jogadores em foco
- Sebastián Coates 6.4 – O central ficou apenas cinco centésimas atrás do seu colega de equipa. Coates criou uma ocasião flagrante de golo, recuperou cinco vezes a posse de bola e não esteve com cerimónias na retaguarda, somando seis alívios.
- Tiago Tomás 6.3 – O melhor elemento na primeira parte acabou por desaparecer um pouco no segundo tempo, devido ao contexto do próprio jogo. Ainda assim cumpriu a missão, com um belo golo, uma grande penalidade sofrida, dois dribles completos e os três duelos aéreos defensivos em que participou ganhos. Pecou com uma ocasião flagrante perdida.
- Silvestre Varela 6.2 – O veterano jogador foi o melhor dos “azuis”. À sua conta foram três remates, dois enquadrados, três passes ofensivos valiosos e sucesso nas três tentativas de drible. Contribuiu ainda com cinco recuperações de posse.
- Miguel Cardoso 6.0 – O atacante “azul” esteve muito activo no primeiro tempo, para o bem e para o mal. Foi dele o golo do empate da sua equipa e poderia ter sido dele o golo da vantagem anfitriã, mas após ganhar a grande penalidade, converteu o castigo máximo e permitiu a defesa de Adán. Destaque ainda para dois passes para finalização e quatro passes ofensivos valiosos.
- Antonio Adán 5.9 – Tal como Miguel Cardoso, esteve no melhor e no pior da história do jogo. Foi ele o envolvido no lance que deu grande penalidade para os homens da casa, por falta sobre… Miguel Cardoso, mas foi o espanhol, claro está, a defender a conversão do atacante português. Adán terminou o jogo com seis defesas, mas apenas duas a remates na sua grande área.
- Calila 6.0 – O lateral-direito esteve muito bem nas subidas pelo seu corredor, terminando com oito cruzamentos, máximo do jogo (o dobro de qualquer outro jogador), dois deles eficazes. E ainda foi quem fez mais desarmes, nada menos que seis.
Resumo
// GoalPoint