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Beber demasiada água quando se está doente pode ser prejudicial

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Durante várias gerações, o conselho médico predominante em caso de doença tem sido beber bastante líquido. Mas, segundo médicos do hospital King’s College, em Londres, beber demasiada água quando se está doente pode prejudicar a recuperação.

Os especialistas divulgaram o caso de uma mulher de 59 anos, com uma infeção urinária, que consumiu vários litros de água devido a conselhos médicos, de modo a “limpar o sistema urinário”.

De seguida, a paciente começou a ter náuseas, confusão e dificuldade em falar. Os testes revelaram que a ingestão elevada de água resultou em níveis perigosamente baixos de sódio – hiponatremia.

Os médicos conseguiram salvar a vida da mulher, restringindo a sua ingestão de líquidos para um litro nas 24 horas seguintes.

A hiponatremia aguda, que se desenvolve em menos de 48 horas, é considerada uma emergência, uma vez que pode ter consequências neurológicas fatais. Níveis criticamente baixos de sódio podem provocar um edema cerebral – o que pode levar a convulsões, coma e morte.

A taxa de mortalidade em doentes com níveis de sal anormalmente baixos é de quase 30%.

“Quando as pessoas estão doentes, não tendem a beber água porque é a última coisa que querem fazer. Para contrariar esse risco, os médicos dizem que devem beber muita água, mas isso criou o mito de que os cidadãos devem beber litros de água”, afirmou Maryann Noronha, co-autora do estudo publicado na BMJ Case Reports.

Noronha sublinha que a quantidade de água necessária varia de pessoa para pessoa, mas o ideal é não mudar muito o consumo quando se está doente.

“Se alguém que não bebe muita água preencher, de repente, o seu corpo com muitos líquidos, isso vai ter um efeito negativo”, destacou a especialista, citada pelo jornal The Guardian.

Segundo investigadores da Universidade de Harvard, é muito difícil definir a quantidade de água que deve ser ingerida diariamente, mas quatro a seis copos de água por dia é o suficiente manter os níveis de hidratação adequados, melhorar a digestão, estabilizar os níveis de açúcar no sangue, nutrir os órgãos e os tecidos e prevenir a obstipação.

Os cientistas alertam que essa quantidade deve ser reforçada, sem exageros, quando se tomam medicamentos ou quando se pratica muito exercício físico.

BZR, ZAP

1 Comment

  1. Também já descobriram que afinal o leite faz mal aos ossos, que os ovos devem-se comer à vontade, que as vacinas são tóxicas… Moral da história, os médicos não sabem verdadeiramente nada sobre os mistérios infinitos do corpo humano. Cada pessoa é diferente. Cada um deve cuidar de si próprio de acordo com a forma que o fizer sentir-se melhor, sem se preocupar em seguir à risca as fórmulas escritas por pseudo-cientistas que são tão ignorantes sobre o corpo humano quanto qualquer pessoa leiga. Os médicos, tal como os padres e os juízes, têm de deixar de ser vistos como autoridades absolutas. São homens como os outros e erram como qualquer um, muitas vezes preocupados em proteger apenas os seus cargos, carreiras e enriquecimento.

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