BE já tinha alterações climáticas no discurso “quando mais ninguém o fazia”

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Esquerda.Net / Flickr

O BE defendeu esta sexta-feira que não podem continuar os “falsos consensos” sobre o combate às alterações climáticas e se deve passar “do discurso à prática”, num tema que já estava na intervenção política bloquista “quando mais ninguém o fazia”.

“Este não pode ser o tempo em que continuamos nos falsos consensos, que por se enumerar ou referenciar ou dizer muitas vezes ‘alterações climáticas’ as pessoas achem mesmo que se está a fazer alguma coisa para combater as alterações climáticas”, pediu a eurodeputada do BE Marisa Matias.

Marisa Matias discursava na abertura do Fórum Socialismo 2019, a rentrée política do BE, tendo defendido que o combate às alterações climáticas não pode continuar a ser “letra morta” nos tratados e convenções internacionais.

Quando mais ninguém o fazia, o Bloco de Esquerda já tinha as alterações climáticas no seu discurso e na sua intervenção política”, reivindicou, aproveitando para agradecer à antiga deputada Alda Macedo “tudo o que foi feito sobre clima e ambiente” no partido já “há muito tempo”. Na perspetiva da dirigente bloquista, “agora que toda a gente fala de alterações climáticas, tem de haver mesmo uma passagem do discurso à prática”.

Há toda uma nova geração que nos exige que sejamos responsáveis e que possamos garantir-lhes futuro. O BE está preparado para assumir essa responsabilidade”, garantiu. Por isso, o BE assume as alterações climáticas como “a centralidade do seu programa eleitoral” às próximas eleições legislativas, marcadas para 6 de outubro. “Para garantir o combate às alterações climáticas é preciso garantir o investimento na ferrovia”, enfatizou.

Segundo Marisa Matias, “não chega dizer que é preciso proteger o planeta”, uma vez que para o fazer é mesmo necessário “acabar com o plástico de uso único”. “Não chega dizer que é preciso salvar o planeta. Para salvar o planeta precisamos de um programa de reconversão da indústria, precisamos de uma política florestal a sério, precisamos de uma política agrícola decente”, acrescentou.

O combate às alterações climáticas, na visão da dirigente do BE, “é o maior combate por mais justiça social” e, apesar de o problema ser, segundo os bloquistas, do “sistema capitalista”, a solução “é mesmo política”. “O BE tem a política. Façam acontecer connosco”, apelou.

Antes do discurso de Marisa Matias, destaque para a leitura do texto “A Voz da Esperança”, escrito em 1999 pelo fundador do partido Miguel Portas sobre a independência de Timor, que foi lido pelo ator Pedro Lamares perante os participantes na ‘rentrée’ bloquista, que decorre até domingo na Escola Artística Soares dos Reis, no Porto.

// Lusa

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2 Comments

  1. Nas eleições Europeias deste ano os partidos com preocupações ambientais obtiveram uma grande expressão do voto europeu. O Bloco de Esquerda apenas viu neste tema mais uma poprtunidade para angariar mais votos, mas nunca se preocupou verdadeiramente com ele.

  2. Ó Marisa, ainda tu andavas de fraldas e já existia um partido ecologista, Os Verdes! Muito gostam estes esquerdelhos de se pôr em bicos de pés. Qualquer dia dizem que foram eles que inventaram a democracia.

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