O Banco de Portugal (BdP) espera que em 2021 o Produto Interno Bruto (PIB) português suba 3,9%, naquela que é a primeira projeção divulgada pela instituição para os próximos anos, revelada no Boletim Económico conhecido esta segunda-feira.
A previsão hoje conhecida é mais pessimista do que a do Governo, que espera um crescimento económico de 5,4% em 2021, tal como a Comissão Europeia (CE), ao passo que o Fundo Monetário Internacional (FMI) se revela ainda mais otimista, apontando para um crescimento de 6,5%.
Para 2022 e 2023, a instituição liderada por Mário Centeno espera um crescimento económico de 4,5% e 2,4%, respetivamente.
De acordo com o Boletim Económico hoje divulgado, o BdP manteve ainda as previsões para a economia portuguesa em 2020, antecipando uma queda do PIB de 8,1%.
Neste caso, as suas previsões são mais otimistas do que as do Executivo, que apontou para uma quebra de 8,5%, enquanto a CE e o FMI apontam para uma contração de 9,3% e 10% do PIB, respetivamente.
Segundo o mesmo boletim, o banco central considera que a taxa de desemprego deverá ficar nos 7,2% em 2020, uma revisão em baixa face aos números anteriores, e subir para os 8,8% em 2021.
No caso do desemprego, este ano, o Governo apontou para os 8,7%, o FMI para os 8,1% e a Comissão Europeia para os 8,0%. Para 2021, o Executivo aponta para uma taxa de 8,2% e o FMI e a CE de 7,7%.
Centeno espera melhor reação a eventual terceira vaga
O governador do Banco de Portugal disse esperar que o comportamento da economia portuguesa face a uma eventual terceira vaga da pandemia, após o Natal, seja melhor que o verificado nas anteriores.
“É expectável que se uma terceira vaga suceder, toda esta aprendizagem, e num contexto em que já há vacinação, se possa esperar um efeito muito mais contido na economia”, disse Mário Centeno aos jornalistas, na conferência de imprensa de apresentação do Boletim Económico.
“Nós não divulgamos projeções trimestrais, mas temos uma recuperação gradual claramente mais a partir do segundo trimestre, da economia, em 2021, sendo que o que aqui está subjacente é precisamente alguma manutenção de medidas de contenção no primeiro trimestre de 2021 e depois, então, um retomar da atividade económica com mais intensidade a partir e incluindo o segundo trimestre” de 2021, acrescentou o governador.
Durante a apresentação, Centeno adiantou que o Banco de Portugal espera uma queda do PIB de 1,8%, em cadeia, no quarto trimestre deste ano, algo que terá efeitos no arranque do próximo ano.
O ex-ministro das Finanças alertou, assim, que “o efeito de arrastamento para 2021 não é totalmente favorável, neste momento”, quando comparado com previsões anteriores, em particular com as de outubro.
“Tínhamos o mesmo número para o ano [de 2020, que é de -8,1%], mas com uma composição trimestral bastante diversa, com menos crescimento no terceiro trimestre e mais crescimento no quarto trimestre”, disse.
Desta forma, e mesmo face ao crescimento previsto para 2022 (4,5%), “a taxa de crescimento para 2021 está muito afetada pelo mau ponto de partida originado no quarto trimestre de 2020″, afirmou Centeno, considerando que “é um pouco enganadora para a dinâmica que, trimestre após trimestre, se irá consubstanciando em Portugal”.
ZAP // Lusa
Então mas isto agora já é tudo contra o Costa? É o das obras públicas, é o Ronaldo das Finanças, são os do bloco do esquerda, são os dois secretários de estado que saíram hoje…Mau…