Uma equipa de cientistas desenvolveu um nanodispositivo que gera eletricidade a partir da energia da corrida — e reduz o valor da sua fatura de luz.
O dispositivo converte pequenos fragmentos de energia mecânica em eletricidade. A sua elevada conversão em energia elétrica torna-o capaz de alimentar regularmente dispositivos como os smartwatches.
Segundo o Study Finds, os cientistas desenvolveram um um tipo especial de captador de energia denominado nanogerador triboelétrico (TENG). Este dispositivo capta a energia mecânica dos movimentos, como andar ou vibrações, e converte-a em eletricidade.
Num novo estudo, publicado o mês passado na Nano Energy, os investigadores utilizaram diferentes configurações destes conjuntos de elétrodos, variando a distância entre os “dedos” e o número de pares de elétrodos, para maximizar a produção de energia.
Cada elétrodo recolhe uma carga e passa-a para o elétrodo seguinte.A carga acumulada gera mais energia num processo denominado como efeito de regeneração da carga. Em vez de um elétrodo transmitir energia por si só, o dispositivo tem um revezamento de trabalhadores que convertem energia mecânica, como correr, em eletricidade.
Seguidamente, utilizaram um laser para gravar com precisão estes padrões num material flexível, permitindo a produção em massa dos dispositivos.
O objetivo deste trabalho é aproveitar os nanogeradores para captar e utilizar a energia dos movimentos quotidianos, como a corrida matinal, as vibrações mecânicas, as ondas do mar ou a abertura de uma porta.
“A principal inovação do nosso nanogerador é o facto de termos aperfeiçoado a tecnologia com 34 coletores de energia, utilizando uma técnica de laser que pode ser ampliada para fabrico, a fim de aumentar ainda mais a eficiência energética”, afirma o primeiro autor do estudo, Delowar Hussain.
Este dispositivo aumentou a potência dos nanogeradores tradicionais, que atingem apenas 10 miliwatts de potência elétrica, para 1000 miliwatts.
Os investigadores estão a trabalhar no lançamento de uma empresa que utiliza nanogeradores como este para criar sensores de saúde auto-alimentados e não invasivos. Estes podem depois expandir-se a outras secções da tecnologia da saúde.
Assim, o estudo realça a importância de uma conceção precisa para melhorar o desempenho dos coletores de energia e abre a porta a novas inovações neste domínio.