Josep Maria Bartomeu apresentou, juntamente com o resto da direção do Barcelona, a demissão da liderança do clube. Bartomeu era contestado por vários adeptos e jogadores.
A direção do FC Barcelona, liderada por Josep Maria Bartomeu, decidiu demitir-se em bloco, avança o jornal espanhol Mundo Deportivo, esta terça-feira. Há muito que se vivia um clima de tensão entre jogadores, staff e direção, principalmente desde a novela da eventual saída de Lionel Messi.
A decisão foi tomada após um grupo de associados ter conseguido reunir as mais de 16 mil assinaturas necessárias para apresentar uma moção de censura à direção do clube.
Face a esta situação, Josep Maria Bartomeu e a restante direção do emblema blaugrana decidiu abandonar pelo próprio pé. Agora, será necessário nomear uma Comissão de Gestão para liderar o Barcelona até à convocação de eleições antecipadas. Para tal, há um prazo de 40 a 90 dias.
Bartomeu tinha pedido um parecer Generalitat, o governo da Catalunha, na esperança de que este considerasse inviável um referendo à liderança do clube em plena pandemia e crise sanitária, esclarece o Observador.
No entanto, o Governo da Catalunha não terá atentado ao pedido do então líder do Barcelona. Em comunicado, já esta terça-feira, a Generalitat garantiu que existem possibilidades de estarem reunidas as condições para a realização da votação nos próximos dias.
“Informamos que o Governo da Generalitat, representado pelos Departamentos da Presidência, do Interior e da Saúde, reitera que não existem impedimentos jurídicos nem sanitários para celebrar a votação da Moção de Censura, sempre e quando se incluam, no protocolo organizativo da citada Moção de Censura, os requisitos que o grupo técnico do PROCICAT [Proteção Civil catalã] apresentou ao próprio Barcelona numa reunião celebrada no passado dia 21 de outubro”, lê-se na nota governamental.