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O maior barão de droga português foi detido em Espanha

PJ / Facebook

O narcotraficante português Franklim Pereira Lobo foi detido em Málaga, Espanha, no âmbito de um mandado de detenção europeu, confirmou à agência Lusa fonte da direcção da Polícia Judiciária (PJ). O homem de cerca de 60 anos é considerado o principal traficante de droga português.

O mandado de detenção contra Franklim Pereira Lobo tinha sido emitido no âmbito da chamada Operação Aquiles que envolve crimes de tráfico de droga, associação criminosa e corrupção passiva e activa.

A Operação Aquiles tem 27 arguidos, entre os quais dois inspectores da PJ, uma vez que os juízes decidiram separar os processos de Franklim Pereira Lobo e da arguida Ana Luísa Caeiro.

Segundo a acusação, entre Outubro de 2006 e Janeiro de 2007, elementos da Unidade de Prevenção e Apoio Tecnológico da PJ transmitiram à sua hierarquia informações resultantes de vigilâncias e recolha de informações que “evidenciavam fortes suspeitas de ligações ao mundo do crime” do ex-coordenador da PJ Carlos Dias Santos.

Estas suspeitas apontavam para ligações do ex-coordenador da PJ com o arguido Jorge Manero de Lemos e a actividade de tráfico de droga desenvolvida por este último.

O Ministério Público entende que os inspectores da PJ Carlos Dias Santos e Ricardo Macedo, além de darem informações às organizações criminosas que protegiam, através dos contactos com os pretensos informadores, por vezes recebiam informações das mesmas organizações sobre o tráfico desenvolvido por organizações “concorrentes”.

Franklim Pereira Lobo, considerado um dos maiores traficantes de droga portugueses, estava em parte incerta, depois de ter sido localizado em Espanha. O homem tem um percurso de entradas e saídas da prisão, com algumas fugas pelo meio.

Em 1999, tornou-se famoso depois de ter fugido de um hotel onde estava a ser vigiado pela PJ. Foi condenado à revelia em 2000 a 25 anos de prisão. As autoridades só o apanharam de novo em 2004, também em Espanha, mas na repetição do julgamento, em 2007, acabou absolvido devido a um erro processual.

Em 2008, foi absolvido noutro processo, onde era suspeito de crimes de branqueamento de capitais.

Foi novamente detido em 2009, no centro de Lisboa, por suspeitas de tráfico de estupefacientes e associação criminosa, levando no bolso do casaco “uma folha manuscrita com as matrículas de dezenas de carros da unidade da PJ que investiga o tráfico de droga”, como reportava o Expresso na altura.

Cumpriu a sua pena e chegou a dar entrevistas na prisão de alta segurança de Monsanto. Agora, volta a ficar atrás das grades no âmbito da Operação Aquiles.

ZAP // Lusa

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