Steve Bannon, o principal conselheiro da Casa Branca no primeiro ano de mandato do ex-Presidente Donald Trump, aceitou testemunhar na comissão especial de inquérito à invasão do Capitólio dos Estados Unidos (EUA).
Esta decisão, transmitida pelos advogados de Bannon à comissão de inquérito, surge poucos dias antes de iniciar o julgamento por desobediência ao Congresso, num processo em que o ex-conselheiro pode ser condenado a dois anos de prisão e a multas de centenas de milhares de dólares.
Até agora, Bannon havia recusado prestar depoimentos sobre o que aconteceu nos dias que antecederam o ataque à sede do Congresso e sobre as movimentações de grupos de extrema-direita no dia 06 de janeiro de 2021, que culminaram numa ofensiva para impedir a certificação da eleição de Joe Biden como novo Presidente.
De acordo com o Guardian, Bannon foi autorizado por Trump a testemunhar, após os tribunais terem indicado que este não tem legitimidade para exigir segredo aos seus antigos colaboradores em assuntos relacionados com a invasão do Capitólio.
A comissão de inquérito está interessada nas explicações de Bannon sobre a sua declaração, num episódio do seu podcast, a 05 de janeiro de 2021, de que o dia 06 de janeiro seria “infernal” em Washington D.C.
No último ano, a comissão de inquérito recebeu provas de que Bannon aconselhou Trump a contestar a contagem dos votos, mesmo sabendo que o então Presidente norte-americano não tinha conseguido demonstrar a existência de fraude eleitoral em larga escala nas eleições de novembro de 2020.
A comissão retoma na terça-feira as audições públicas sobre as suas investigações.
