Banco de Portugal trava venda de banco de Cabo Verde a José Veiga

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O BdP pôs um travão à venda do Banco Internacional de Cabo Verde ao empresário José Veiga, face à existência de investigações relacionadas com a operação.

O Banco de Portugal travou o processo da venda do Banco Internacional de Cabo Verde (BICV) ao ex-empresário de jogadores de futebol, revela esta quarta-feira o Público.

O regulador considera ser a decisão mais acertada devido à existência de “investigações relacionadas com a operação” e também para assegurar a “proteção reputacional do Novo Banco”, o qual ainda detém o BICV.

José Veiga já tinha iniciado o processo de compra deste banco cabo-verdiano, tendo até um sinal de 11 milhões de euros que foram depois congelados pelas autoridades portuguesas.

De acordo com o comunicado emitido esta quarta-feira pelo BdP, citado pelo mesmo jornal, esta decisão surge depois da “comunicação formal remetida pelo conselho de administração do Novo Banco (…) na qual submetia à autoridade de resolução a referida operação de venda”.

Ainda no mesmo documento, o Banco de Portugal sublinha que a instituição “não teve qualquer papel no processo de venda do BICV” e apenas “tomou conhecimento do processo em causa no final do mês de dezembro de 2015, no âmbito dos contactos que são mantidos com o Novo Banco”.

O empresário foi detido no início de fevereiro no âmbito da investigação “Rota do Atlântico”, juntamente com o seu sócio Paulo Santana Lopes e uma advogada com ligações a ambos.

Depois de terem sido ouvidos pelo juiz Carlos Alexandre, a advogada foi libertada e o irmão do ex-primeiro ministro ficou em prisão domiciliária. Apenas o ex-dirigente benfiquista se mantém ainda em prisão preventiva.

A operação investiga suspeitas de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, tráfico de influências, participação económica em negócio e fraude fiscal.

ZAP

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