Vem aí o “Bairro Académico”, a primeira cooperativa de habitação estudantil no Porto

O presidente da Federação Académica do Porto, João Pedro Videira, avançou hoje à Lusa que a parceria para criar o projeto “Bairro Académico”, a primeira cooperativa de habitação da academia do Porto, é assinada este mês com a Santa Casa da Misericórdia.

O “Bairro Académico” é uma “verdadeira experiência de inovação social” e vai ser a “solução própria” da FAP no âmbito das residências estudantis, explicou João Pedro Videira. O primeiro passo para a concretização da ideia vai ser dado no “próximo dia 28 de março, pelas 11:00”, altura em que a academia do Porto assina um protocolo de parceria com a Misericórdia.

“Será uma residência estudantil com o carimbo da FAP. O Porto tem a cultura do bairrismo e daí o nome Bairro Académico”, conta o presidente da FAP, referindo que a ideia foi lançada pelos estudantes em outubro de 2018 e que o projeto deverá ser edificado junto ao polo universitário da Asprela.

O presidente da FAP já tinha abordado, no seu discurso de tomada de posse, em dezembro de 2018, a problemática da “falta de alojamento estudantil no Porto” e o facto de os quartos terem duplicado de preço, com rendas de 500 euros por mês e que seria necessário criar soluções para os 23 mil estudantes deslocados na cidade.

“A nossa proposta passa por a cidade do Porto poder ser palco de um projeto inovador, onde se poderia erguer uma cooperativa de habitação académica“, declarava, na altura, João Pedro Videira.

Em setembro de 2018, e à margem da cerimónia de boas-vindas dos novos estudantes para o novo ano letivo, o reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, disse que construir mais quartos e rentabilizar de forma mais eficiente os quartos já existentes eram algumas das hipóteses para combater a falta de alojamento na cidade.

Temos que encontrar soluções, não no imediato, mas estamos a trabalhar essas soluções, que passarão por diferentes tipologias. Por um lado, construir mais quartos, rentabilizar de forma mais eficiente aqueles que já existem e enveredar por outras soluções, provavelmente recorrer ao aluguer de quartos a terceiros para disponibilizar aos estudantes”.

// Lusa

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