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Bactérias mutantes regressam do espaço mais agressivas

NASA

Um grupo de cientistas russos descobriu um aumento na agressividade e resistência a antibióticos em microrganismos que regressam de uma longa viagem ao espaço.

Os investigadores alertam que, no futuro, estas bactérias mutantes podem representar uma ameaça à vida, tanto no nosso planeta como para além da nossa atmosfera.

Estas advertências têm por base uma série de resultados de várias investigações espaciais que serão apresentadas na reunião do Comité Internacional de Pesquisas Espaciais, que vai decorrer no mês de julho, nos EUA.

Os cientistas observaram as estirpes bacterianas da espécie Bacillus subtilis.
Depois destes organismos passarem 31 meses no espaço, os investigadores encontraram um aumento da sua resistência a seis medicamentos anti-microbianos no total de oito estudados.

Portanto, é possível concluir que as estirpes mais resistentes e agressivas sobrevivem mesmo após o impacto de uma série de fatores desfavoráveis inerentes ao espaço.

Desde de janeiro de 2005, foram realizadas várias séries de experiências no segmento russo da Estação Espacial Internacional.

Uma das experiências foi intitulada de Biorisk, na qual, a cada seis meses, eram enviadas para a Terra amostras dos materiais dos micro-organismos alojados num aparelho especial localizado na camada exterior do EEI.

Para este teste, foram selecionados 68 tipos de organismos, desde bactérias até vertebrados e plantas superiores – como esporos de bactérias e fungos, plantas, sementes, ovas de crustáceos, larvas de mosquito, caviar seco de carpas dentadas, peixes.

Os cientistas russos alertaram que estes microrganismos terrestres que sofreram mutações durante a permanência na superfície externa da EEI, podem representar perigo para a vida no nosso planeta. Ou seja, esta ameaça deve ser levada em conta entre as exigências da “quarentena planetária”.

A equipa de investigação pretende usar os resultados para desenvolver medidas para proteger o planeta destas ameaças. Os resultados desses estudos não só têm um interesse científico significativo, mas também assumem importância prática para a justificação da estratégia de quarentena planetária na realização de voos interplanetários futuros.

Já em fevereiro de 2017, a Estação Espacial Internacional conduziu uma experiência, na qual dois tipos diferentes de algas eram expostos às condições extremas do espaço – e sobreviveram por 450 dias.

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