Há uma infeção parasitária que ‘come’ os glóbulos vermelhos do nosso sangue. A maioria das pessoas expostas aos parasitas que causam a babesiose não fica doente. No entanto, para outras, a infeção pode ser mortal.
A babesiose é uma doença parasitária rara e potencialmente fatal que destrói os glóbulos vermelhos.
A doença, que está espalhada por todo o mundo é transmitida por carraças.
Os casos tendem a aumentar na primavera e no verão, uma vez que é nessa altura que as pessoas têm maior probabilidade de estar em contacto com as carraças.
A babesiose é causada por parasitas microscópicos que pertencem ao género Babesia. Quando entram no corpo, os parasitas da Babesia têm a capacidade de invadir e destruir os glóbulos vermelhos. Isto limita a capacidade normal destas células de fornecerem oxigénio aos tecidos.
Como escreve a Live Science, embora estejam identificadas mais de 100 espécies de parasitas Babesia, apenas algumas infetam seres humanos.
Há pessoas que nem sabem. Outras morrem
No caso da babesiose, o que para uns é indiferente para outros pode ser mortal.
A maioria das pessoas expostas aos parasitas não apresenta sintomas de babesiose – especialmente pessoas jovens e saudáveis.
Por outro lado, em pessoas com um sistema imunitário enfraquecido e/ou mais envelhecidas, os parasitas podem desencadear uma doença grave.
Por exemplo, as pessoas que não têm baço são mais vulneráveis a infeções graves do que a média das pessoas, porque o baço normalmente ajuda a remover os glóbulos vermelhos infetados do corpo.
Os sintomas típicos da babesiose são febre, arrepios, suores, dores musculares, bem como inchaço do fígado e do baço e um baixo nível de glóbulos vermelhos no corpo. Os sintomas surgem, normalmente, apenas entre uma a quatro semanas depois de uma pessoa ter sido infetada com parasitas.
Nos casos graves, uma vez que os tecidos ficam sem oxigénio, a babesiose pode causar falência de vários órgãos e morte.
Segundo a Live Science, o principal tratamento para a babesiose é uma combinação de medicamentos antiparasitários e antibióticos. Os doentes mais graves podem necessitar de uma transfusão de sangue para substituir os glóbulos vermelhos danificados e infetados.
As taxas de mortalidade rondam os 20% em pacientes de alto risco – mesmo estando a receber tratamento.