Depois de duas tentativas de aterragem falhadas e de se ter admitido uma amaragem no Rio Tejo ou no mar, o avião da Air Astana que este domingo declarou emergência em pleno voo pousou em segurança, em Beja. A aeronave sofreu “falha crítica nos sistemas de navegação”.
O avião da Air Astana que este domingo declarou emergência em pleno voo aterrou em Beja, depois de duas tentativas falhadas. A aeronave, que levava a bordo seis pessoas, sofreu uma “falha crítica nos sistemas de navegação e controlo de voo“.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) vai investigar o incidente.
O avião declarou emergência quando sobrevoava uma zona próxima de Lisboa. O aparelho da Air Astana aterrou finalmente no aeroporto de Beja às 15h28, à terceira tentativa, disse à Lusa fonte aeronáutica.
A aeronave borregou (termo técnico da aviação para designar tentativas frustradas de aterragem) duas vezes, antes de conseguir aterrar na pista 19 do aeroporto de Beja. Segundo a mesma fonte, “a aterragem correu bem”, como é patente num vídeo captado por um dos dois aviões F-16 da Força Aérea Portuguesa que fizeram o acompanhamento da aeronave.
O voo KZR 1388 descolou de Alverca às 13h21 e tinha como destino Minsk, capital da Bielorrúsia. A bordo seguia apenas a tripulação, composta por seis pessoas. O avião, um Embraer, esteve a fazer manutenção nas oficinas da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal.
A página na internet do ‘Flight Radar’, que faz um rastreamento dos voos, identificava o voo KZR 1388, da companhia Air Astana (Cazaquistão), a vermelho.
Por volta das 14h50, o avião estava a sobrevoar a zona do Alto Alentejo e era possível ver-se que tinha uma trajetória irregular, dirigindo-se para sul. O avião estava a fazer um circuito aéreo sobre a região para perder combustível, até ser tomada uma decisão quanto à resolução do problema.
Durante a emergência, as autoridades chegaram a equacionar a possibilidade de a aeronave fazer uma amaragem no rio Tejo ou no mar, mas as condições atmosféricas não o permitiram.
A aeronave chegou finalmente a Beja e pelas 15h15 tentou uma nova abordagem à pista, acabando finalmente por conseguir aterrar, à terceira tentativa. O piloto foi recuperando com o tempo alguns dos instrumentos que tinham avariado, o que lhe permitiu aterrar em Beja.
O GPIAAF já enviou uma equipa de investigadores a Beja para recolher os dados da aeronave e obter informações da tripulação que se encontrava no aparelho, com vista à realização de uma investigação à ocorrência.
A bordo do avião seguia uma tripulação de seis pessoas, dois dos quais foram “encaminhados para o Hospital de Beja porque não se sentiriam muito bem”, devido a “todo o stress”, mas não apresentavam “nada de especial”, revelou o comandante da Base Aérea de Beja, coronel piloto-aviador Fernando Costa, em conferência de imprensa.
Os dois tripulantes, um homem de 37 anos, do Cazaquistão, e outro de 54, natural de Inglaterra, já tiveram, entretanto, alta do Hospital José Joaquim Fernandes, revelou à Lusa fonte hospitalar.
ZAP // Lusa
A questão que coloco, e desculpem a ignorância, é: Se for em Terra é aterragem. Se for no mar é amaragem. E se for no rio não deveria ser ariagem? Fica a dúvida.