Mais de meia centena de pessoas foram detidas esta quarta-feira em Hong Kong, acusadas de subversão, sendo esta a maior operação contra os críticos do executivo de Carrie Lam.
Segundo noticiou o South China Morning Post, citado pelo Observador, entre os detidos estão ativistas pelos direitos humanos e figuras da oposição, estando em causa as eleições primárias organizadas pelos partidos pró-democracia em julho, que tinham por objetivo conseguir uma maioria no Conselho Legislativo de Hong Kong.
O Secretário para a Segurança, John Lee Ka-chiu, apoiou as detenções, classificando esta situação como um plano que resultaria na “destruição mútua” dos dois pólos políticos.
“O seu objetivo era conseguir 35 [em 70] ou mais lugares no Conselho Legislativo, de modo a poderem vetar o orçamento do governo independentemente do conteúdo real [e] criar uma situação em que o chefe do executivo tivesse de se demitir, e o governo deixasse de funcionar. Isto para paralisar o governo”, indicou.
Carrie Lam adiou as eleições legislativas por um ano.
Um cidadão norte-americano, o advogado John Clancey, também foi detido, tornando-se no primeiro estrangeiro a ser preso no âmbito da nova lei de segurança nacional. Sob esta lei, a subversão pode ser punida com pena de prisão de 3 anos até perpétua.