Autor de massacre na Nova Zelândia designado “entidade terrorista”

Martin Hunter / EPA

O autor do ataque a duas mesquitas na Nova Zelândia, condenado na semana passada a prisão perpétua, foi designado como “entidade terrorista”, uma medida que o impede de financiar ataques, anunciou esta terça-feira a primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern.

“Esta designação é uma importante demonstração da condenação da Nova Zelândia ao terrorismo e violência extremista em todas as suas formas”, afirmou Jacinda Ardern em comunicado, citada pelas agências Efe e Lusa.

Segundo a lei neozelandesa, a designação impedirá que o australiano Brenton Tarrant, de 29 anos, condenado por terrorismo e pelo homicídio de 51 pessoas, tenha acesso aos seus bens. Além disso, será considerado um crime participar em atividades para o apoiar.

“Temos a obrigação na Nova Zelândia e no resto da comunidade internacional de impedir o financiamento de atos terroristas”, acrescentou a primeira-ministra neozelandesa.

Ardern foi elogiada internacionalmente pela empatia demonstrada para com as vítimas do atentado de 15 de março de 2019.

A Nova Zelândia designou um total de 20 entidades terroristas, incluindo Tarrant.

O autor do massacre de 51 muçulmanos em duas mesquitas na Nova Zelândia, no ano passado, foi condenado em 27 de agosto a prisão perpétua, sem direito a liberdade condicional, a primeira vez que a pena foi aplicada no país.

Tarrant foi condenado por 51 acusações de homicídio, 40 por tentativa de homicídio e uma por terrorismo, pelo tiroteio com armas semiautomáticas em 15 de março do ano passado.

O australiano transmitiu parcialmente o ataque através das redes sociais. O massacre teve lugar nas mesquitas de Al Noor e Linwood, na cidade de Christchurch, quando tinha lugar a tradicional oração de sexta-feira.

Desde então, o Governo da Nova Zelândia tomou várias medidas para impedir outros ataques, incluindo a proibição da maior parte das armas automáticas e semiautomáticas e a promoção de regulamentos mundiais na Internet para impedir a propagação de mensagens de ódio.

// Lusa

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