“Ato de intimidação.” Austrália exige à China uma investigação ao navio que apontou laser a avião

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Scott Morrison (ScoMo) / Facebook

Scott Morrison, primeiro-ministro da Austrália

Scott Morrison, primeiro-ministro da Austrália

No domingo, o primeiro-ministro australiano Scott Morrison já tinha acusado a China de ter realizado um “ato de intimidação” depois de, na semana passada, um navio da marinha chinesa ter apontado um laser a um avião de vigilância militar australiano.

Segundo o Raw Story, um navio chinês do Exército da Libertação do Povo (PLA-N) apontou um laser a um avião de patrulha marítima P-8A Poseidon na quinta-feira, enquanto sobrevoava muito perto do norte da Austrália, tendo colocado vidas humanas potencialmente em perigo.

O tipo de laser empregue serve, normalmente, para designar o alvo antes do disparo de uma arma.

“Não vejo outra forma senão um ato de intimidação, não provocado, injustificado”, disse Scott Morriso, em conferência de imprensa. “A Austrália nunca aceitará tais atos de intimidação.”

Já esta segunda-feira, Morrison exigiu à República Popular da China que abra uma “investigação completa” ao caso e afirmou que a embarcação chinesa estava tão próxima da Austrália que era possível avistá-la a partir da costa.

A China, contudo, diz que a versão australiana dos factos não corresponde à verdade, acusando a Marinha da Austrália de ter lançado um sonobuoy – dispositivo capaz de detetar submarinos – para perto de navios chineses.

De acordo com o Público, o Ministério da Defesa chinês também defendeu as ações dos seus navios, garantindo que estes estão vinculados ao direito internacional.

“O avião australiano de patrulha e anti-submarinos P-8 invadiu o espaço aéreo em redor da nossa formação de navios e ficou apenas a quatro quilómetros da nossa embarcação mais próxima”, descreveu um porta-voz, através de uma publicação no site do ministério na rede social Weibo.

“Através das fotografias tiradas aos nossos navios, é possível ver que o avião australiano está muito próximo e que lança um sonobuoy para as proximidades do nosso navio. Este comportamento malicioso e provocador pode muito facilmente levar a equívocos e a erros de avaliação, constituindo uma ameaça à segurança dos navios e do pessoal de ambos os lados”, acrescentou.

A China exige assim que a Austrália “cesse imediatamente quaisquer ações provocatórias e perigosas similares e que pare de fazer acusações sem fundamento e difamações, para não prejudicar as relações entre os dois países e os dois Exércitos”, concluiu o porta-voz.

A tensão entre Canberra e Pequim aumentou de intensidade desde que os Governos dos EUA, Austrália e Reino Unido anunciaram o AUKUS, um pacto militar, que, entre outras disposições, oferecerá aos australianos a tecnologia necessária para obterem submarinos movidos a energia nuclear.

ZAP //

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2 Comments

  1. Isto é a combinação entre os assassinos Putin e Xi-Jinping., que ainda acreditam no Pai Natal. Bem combinaram , um avança sobre a Ucrânia e o outro dos olhos em bico, a Taiwan que nós cá estaremos à espera deles.

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