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Até a sombra de um buraco negro obedece à Teoria da Relatividade de Einstein

ESA/Hubble, ESO, M. Kornmesse

Até a sombra de um buraco negro obedece à Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein (1879-1955), confirmou uma nova investigação.

Uma equipa de cientistas da Universidade do Arizona e do Institute for Advanced Study (IAS), nos Estados Unidos, testaram com sucesso a teoria da relatividade geral com base na análise da sombra de um buraco negro, conta o portal Science Alert.

A investigação, cujos resultados foram recentemente publicados na revista científica especializada Physical Review Letters, foi levada a cabo em colaboração com o projeto Event Horizon Telescope (EHT)e, uma vez mais, validou a ideia defendida por Einstein de que a gravidade é a matéria que distorce o espaço-tempo.

“Descobrimos que qualquer que seja a teoria correta, não pode ser significativamente diferente da relatividade geral quando se trata de buracos negros”, afirmou o autor principal do estudo, Dimitrios Psaltis, citado em comunicado.

Para chegar a esta conclusão, os especialistas trabalharam com imagens do buraco negro supermassivo da galáxia M87, onde observaram que a intensa gravidade do mesmo espaço-tempo se curta e atua como uma lupa, fazendo com que a sombra de um buraco negro pareça ser maior do que realmente é.

Esta foi a primeira vez que esta distorção visual foi medida por uma equipa de especialistas, constatando que o tamanho da sombra do buraco negro corrobora as previsões de Einstein, mesmo em condições consideradas mais extremas.

“Isto é realmente o começo”, acrescentou a co-autora do estudo, Lia Medeiros, sublinhando que agora que a equipa já mostrou que é possível usar a imagem de um buraco negro para testar a teoria da gravidade, as observações futuras serão “ainda mais poderosas”.

Na mesma nota de imprensa, os cientistas explicam que a sombra do buraco negro é diferente das encontradas no dia-a-dia: enquanto que um objeto físico projeta uma sombra evitando que a luz passe por si, um buraco negro pode criar o efeito de uma sombra desviando a luz sobre si mesmo.

“As imagens do buraco negro fornecem um ângulo completamente novo para testar a teoria da relatividade geral de Einstein (…) Juntamente com as observações das ondas gravitacionais, esta descoberta marca uma nova era na astrofísica dos buracos negros”, disse ainda Michael Kramer, diretor do Instituto Max Planck de Radioastronomia, que colabora com o projeto o EHT, citado pela agência espanhola Europa Press.

ZAP //

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