Um bebé de 15 meses morreu, esta segunda-feira, na cidade de Eboli, no sul de Itália, devido a um ataque de dois cães pitbull. A mãe também foi atacada, mas segunda a imprensa italiana, não corre risco de vida.
Um ataque de dois pitbulls matou um bebé de 15 meses, esta segunda-feira, no sul de Itália.
De acordo com os relatos na imprensa, o menino estava ao colo da mãe quando, ao sair de casa, os cães arrancaram-no das mãos e atacaram-no.
No entanto, uma tia do menor disse não saber se a criança estava “nos braços da mãe ou nos braços de outra pessoa”, porque a princípio foi afirmado que estava com um tio.
“Os meus dois irmãos também estavam em casa, talvez ele estivesse nos braços de um deles”, disse, indicando que os cães não conheciam o menor e que pertenciam a um amigo da família.
O presidente da autarquia de Eboli, Mario Conte, afirmou que os serviços veterinários da cidade levaram os cães, que “não eram propriedade da família afetada”.
A Procuradoria de Salerno abriu uma investigação sobre os acontecimentos.
A principal associação de defesa dos consumidores de Itália manifestou-se sobre o caso, exigindo “a adoção de medidas para garantir a segurança dos cidadãos e limitar o fenómeno dos cães potencialmente perigosos”.
“Além do caso específico e da dinâmica que originou o ataque (…) não há dúvida de que existem raças de cães potencialmente perigosas para os humanos”, afirmou a Codacons, em comunicado.
Desde 2009, a Itália não possui uma lista oficial de cães potencialmente perigosos e, após 2013, o último ano em que foi aprovada legislação sobre o assunto, o dono é responsabilizado civil e criminalmente por danos ou lesões causadas a terceiros, bem como pela educação do animal.
Em Itália, ocorrem 70 mil ataques de cães a pessoas todos os anos, segundo a Codacons, que afirma que, “independentemente da educação dada ao animal, é universalmente conhecido que algumas raças podem causar feridas letais em caso de mordidas”.
Nesse sentido, solicitou uma “licença obrigatória” para possuir cães potencialmente perigosos, uma vez que “a mordida de um lulu da Pomerânia não causa as mesmas feridas” que um pitbull, justificou a organização.
A Organização Internacional para a Proteção dos Animais (OIPA) também pediu, em comunicado, que “regulamentasse a posse de certos tipos de cães que, muitas vezes, são escolhidos por pessoas que não sabem como tê-los corretamente”.
“A nível local, alguns municípios, como Milão, regulamentaram a questão prevendo a concessão de licenças para a posse de determinadas raças”, lembrou a OIPA.
// Lusa