Vários aspiradores robôs foram “pirateados” e controlados remotamente nos EUA, em poucos dias. Os hackers colocaram os aparelhos a “gritar” insultos e palavrões através dos seus altifalantes enquanto aspiravam a casa das pessoas.
Em causa estão aspiradores robôs da empresa Ecovacs que são fabricados na China, conforme reporta a ABC News australiana que teve acesso a alguns dos casos de pirataria informática.
A estação cita, em particular, o modelo “Deebot X2” que também está à venda em Portugal, por valores da ordem dos mil euros.
Proprietários dos aspiradores robôs desta marca nos EUA, detectaram comportamentos estranhos nos seus aparelhos.
“Parecia um sinal de rádio avariado ou algo do género” e podiam “ouvir-se trechos que pareciam de uma voz”, relata uma destas pessoas, Daniel Swenson, ao canal australiano.
Daniel acabou por entrar na app do aspirador e descobriu que alguém estava a tentar aceder à transmissão ao vivo da câmara e ao controlo remoto. Acabou por repor a password e reiniciou o robô – e o aspirador voltou ao comportamento habitual.
Há ainda outros casos em que as pessoas ouviram o aspirador robô a gritar insultos racistas e outro tipo de palavrões.
A ABC nota que a Ecovacs já foi informada dos problemas de segurança nos seus aspiradores robôs em 2023, mas assegura que não terá tomado medidas para os resolver.
Agora, depois dos casos de pirataria, a empresa prometeu que vai lançar uma actualização de segurança “substancial” no próximo mês de Novembro.
As questões de cibersegurança são fundamentais nos chamados dispositivos domésticos “inteligentes” porque é a privacidade das pessoas que está em causa.
Muitos dos piratas que acedem a estes sistemas só querem gozar com as pessoas, mas se as intenções forem criminosas, os utilizadores correm riscos sérios.
O problema é que muitos dos fabricantes estão apenas preocupados em venderem o hardware sem investirem muito na cibersegurança. E os consumidores tendem a procurar a oferta mais barata sem se preocuparem com estas questões.
