ASAE volta a encerrar matadouro que assava leitões entre ratos, pulgas e carraças

Mário Cruz / Lusa

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) voltou a encerrar um matadouro que assava ilegalmente leitões no meio de ratos, pulgas e carraças, em Elvas.

O proprietário do matadouro, “um homem de 60 anos”, é reincidente, lê-se no comunicado da ASAE.

Os inspetores da ASAE apreenderam um total de 23 leitões, com um peso global de 253 quilos. Foram ainda encontradas embalagens que dissimulavam a sua origem e induziam o consumidor em erro, “num valor total de 3 mil euros”.

A autoridade precisou que foi “determinada a suspensão total da atividade do assador de leitões não licenciado e sem condições mínimas exigíveis para o seu funcionamento”.

O dono é agora acusado de prática de crime contra a saúde pública de abate clandestino e crime de desobediência. O proprietário está ainda sujeito a termo de identidade e residência.

Fonte da ASAE contactada pela Lusa revelou que o suspeito agora detido é um dos homens detidos numa operação de fiscalização idêntica, divulgada em 12 de setembro, quando a ASAE anunciou ter desmantelado um local de abate e assador de leitões em Elvas.

Na altura, o local foi desmantelado e a sua atividade foi suspensa por proceder “de forma ilícita, camuflada e sem condições técnico-funcionais e de higiene” ao abate leitões, bem como ao “assamento dos mesmos e respetiva comercialização, sem a devida inspeção sanitária dos animais para despiste de doenças”.

Dessa ação resultou um processo-crime, foram apreendidos leitões e foram detidos dois homens, “com idades entre os 50 e os 60 anos”, mais precisamente “o proprietário do espaço e o distribuidor”, avançou, então, à Lusa fonte da ASAE.

No comunicado hoje divulgado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica garantiu que vai continuar “a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores”.

ZAP // Lusa

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