/

Artistas árabes sabotam Homeland (e ninguém da produção percebeu)

4

Os três artistas, contratados pela produção para tornar o cenário de Homeland mais real, enganaram tudo e todos ao escrever mensagens subliminares contra a própria série.

A ideia era tornar o ambiente mais realista e, por isso, os artistas foram contratados pela produção da série norte-americana, que estava a gravar em Berlim, para desenhar em algumas paredes que faziam parte do cenário, avança a Sputnik.

Os artistas cumpriram a função, só que ocultaram o facto de as frases escritas nas paredes serem, na realidade, duras críticas contra a própria série.

A produtora Showtime não se apercebeu da sabotagem, sendo que o respetivo episódio, o segundo da quinta temporada, foi na mesma transmitido.

Frases em árabe como “Homeland é racista”, “Homeland é uma piada que não nos faz rir” e “Homeland não é uma série” são alguns dos exemplos.

A denúncia acabou por ser feita pelos próprios artistas num comunicado publicado na sua página oficial, no qual mostram várias fotografias da sabotagem.

Heba Amin, Caram Kapp e Stone explicam que, “dada a reputação da série”, não ficaram “convencidos” quando foram convidados mas logo perceberam que esta seria a melhor oportunidade de mostrar aquilo que pensavam.

“Foi o momento certo para mostrar o nosso ponto de vista usando a própria série”, explicaram.

Segundo Heba Amin, a série norte-americana “deturpa brutalmente cidades como Beirute, Islamabad e o chamado mundo muçulmano em geral”.

Homeland estreou em 2011 e ronda à volta da trama protagonizada pela agente da CIA Carrie Mathison que desconfia que um soldado norte-americano, após ter sido refém da Al-Qaeda durante anos, se converte à causa extremista.

Desde o início da sua produção, a série é criticada pela sua visão estereotipada dos muçulmanos e muitos chegam a dizer que faz uma clara propaganda pelos EUA.

ZAP / Sputnik

4 Comments

  1. O “Tugatento” anda tudo menoa atento e a “Ana Horta” limita-se a demonstrar que a propaganda sionista funciona mesmo. Mas não os posso censurar muito porque também já fui assim. As coisas não são como as pintam.

  2. Eu não sei se a campanha sionista funciona, se é a suprema estupidez do ser humano que teima em detestar o desconhecido e limita-se a criar ideias parvas na cabeça para afagar esses medos estúpidos.

    Mas confesso que preferia que os diretores da série, ao mostrarem abertura suficiente para contratar árabes para atuar, tivessem pedido a colaboração de árabes para a criação do argumento. E também que os atores optassem por dizer claramente o que pensavam da série e não escrever mensagens que só as pessoas que conheçam a língua árabe podem perceber. Andaram uns a brincar com os outros, e só não sei se a intenção dos diretores era menosprezar os árabes a favor dos americanos, como parecem dar a entender as frases escritas pelos atores árabes.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.