Artistas exigem 1% do Orçamento do Estado para a Cultura

Miguel A. Lopes / Lusa

A ministra da Cultura, Graça Fonseca

Mais de 300 artistas concentrados esta terça-feira em frente ao Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, exigiram um valor imediato de 1% do Orçamento do Estado para a Cultura, em 2020.

O protesto, convocado pela Plataforma Cultura em Luta, envolveu mais de uma dezena de sindicatos e estruturas que representam artistas, arqueólogos, documentalistas, trabalhadores de museus, entre outros da área da cultura, que exigiram um reforço do financiamento de uma área considerada “o parente pobre” no Governo.

Apesar da reivindicação imediata de 1% do Orçamento do Estado, a frase “1% do PIB para Cultura” foi a mais repetida no largo.

Pedro Penilo, da Plataforma Cultura em Luta, disse à Lusa que os artistas “estão cada vez mais unidos” no objetivo de reforçar o investimento no setor, e aumentar a consciência dos cidadãos para a importância das artes e da cultura.

Sobre o pedido de demissão da ministra da Cultura, Graça Fonseca, lançado pela Comissão de Profissionais das Artes, Pedro Penilo disse que a plataforma não alinha nessa exigência: “Para nós o essencial é a mudança de política, de acordo com o que está postulado na Constituição”. “Exigimos, sim que sejam encontrados os instrumentos para garantir uma política de cultura democrática, humanista e progressista.”

À concentração – que também aconteceu no Porto e em Bragança – aderiram, entre outros, o Sindicato dos Trabalhadores dos Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (Cena/STE), o Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ), a Performart, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais e o BAD – Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas.

ZAP // Lusa

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