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Arqueólogos descobrem a cidade perdida de Tenea

Ministério da Cultura da Grécia

O Ministério da Cultura da Grécia anunciou que uma equipa de arqueólogos acredita ter encontrado a cidade perdida de Tenea. Entre os vestígios do assentamento, foram encontradas jóias, dezenas de moedas e vários túmulos.  

De acordo com as lendas, a cidade de Tenea foi fundada logo após a mítica Guerra de Tróia, entre o século XII e XII a.C, por prisioneiros de guerra a quem Agamenon, o rei Micenas, permitiu construir o seu próprio assentamento para viver.

Segundo a nota divulgada esta terça-feira pelo ministério grego, a cidade agora encontrada pelos arqueólogos é Tenea, localizada na antiga região de Coríntia, no nordeste de Peloponeso. Os vestígios arqueológicos foram encontrados durante escavações realizadas entre setembro e outubro perto da aldeia de Jiliomodi.

Acredita-se que os nativos desta antiga cidade grega formavam também grande parte do grupo de colonizadores que formaram a cidade de Siracusa, na cidade italiana de Sicília.

Durante a expedição arqueológica, os cientistas encontraram as antigas muralhas da cidade e fragmentos do solo feitos de barro, pedra e mármore, em como peças construídas em cerâmica, um dado de osso e mais de 200 moedas antigas.

Foram também encontrados sete túmulos na área do cemitério da cidade, quatro dos quais da época e três da época helenista – embora um destes tenha sido reutilizado pelos romanos. No interior dos túmulos, os arqueólogos identificaram esqueletos de dois homens, cinco mulheres e duas crianças. Havia ainda vasos, ouro, jóias de bronze e osso e várias moedas junto dos esqueletos.

Em declarações à agência Reuters, a arqueóloga Elena Korka, que liderou a expedição, disse que as estradas pavimentadas e a estrutura arqueológica de Tenena pode agora ser vista. “Encontramos a evidência da vida e da morte, e tudo isso é apenas uma pequena parte da história deste lugar”, considerou.

As escavações na área começaram já em 2003, mas até agora os arqueólogos apenas se tinham debruçado a estudar os cemitérios perto de Tenea, sem descobrir os vestígios da cidade perdida, explicou a arqueóloga à agência AP.

A arqueóloga explicou ainda que os trabalhos na área continuam mas, pelos vestígios até agora encontrados, acredita-se que os moradores de Tenea eram ricos.

Algumas das cerâmicas encontradas tinham formas que denotam alguma influência oriental, explicou Korka, acrescentando que a cidade de Tenea “tinha contacto com o Oriente e o Ocidente”. De acordo com a especialista, os moradores desta cidade tinham um “modo de pensar próprio que definia, em certa medida, as suas políticas”.

Tenea – até agora considerada como uma lenda – floresceu durante a era romana e sobreviveu à destruição da cidade vizinha de Corinto pelas mãos dos romanos em meados de 146 a.C. Acredita-se também que tenha sofrido danos durante a invasão gótica no final do século IV d.C, podendo ter sido abandonada dois séculos depois, durante as incursões dos eslavos.

ZAP // RT

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