/

Arqueólogos mapearam a “terra zapoteca dos mortos”

“Terra dos mortos”. Arqueólogos dizem ter encontrado estruturas subterrâneas que ligavam a civilização zapoteca ao “submundo”.

Uma equipa de arqueólogos confirmou a existência de um complexo subterrâneo, no sul do México, que pode ter sido o “submundo dos zapotecas“.

O Projeto Lyobaa, apoiado pelo Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH), juntou um grupo de cientistas com o objetivo explorar o mundo subterrâneo de Mitla.

Mitla é um mítico local arqueológico, associado à civilização zapoteca. Localiza-se no Vale de Oaxaca, no atual estado de Oaxaca, no sul do México.

A civilização zapoteca foi uma civilização pré-colombiana indígena, que floresceu na Mesoamérica, entre os anos 700 a.C. e 1521 d.C..

Os zapotecas chegaram pela primeira vez à zona de Mitla durante o Período Clássico – 100 a 650 d.C..

Esse local arqueológico fica na zona onde era a antiga cidade de Monte Albán – uma das primeiras grandes cidades da Mesoamérica, cujos edifícios são preservados até hoje.

Lyobaa: “a terra dos mortos”

Os zapotecas acreditavam que Mitla servia como um portal entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, daí o nome Nahuatl Mictlán, que significa “terra dos mortos” ou “submundo”.

Conta o Arkeonews que há muito que se acredita que o antigo povo zapoteca terá construído um enorme labirinto de passagens, sob as monumentais estruturas de pedra, no local arqueológico de Mitla.

O objetivo desse sistema de túneis seria, eventualmente, levar a elite zapoteca para Lyobaa, a entrada para a tal “terra dos mortos”.

O novo estudo revelou detalhes sobre as estruturas subterrâneas, revelando “informações cruciais sobre uma Meca espiritual“, como é descrito pelo Arkeonews.

Os pesquisadores estão a usar técnicas de prospeção geofísica, para confirmar a existência das estruturas subterrâneas debaixo de Milta, não detetadas anteriormente.

As tecnologias incluíram um Radar de Penetração no Solo (GPR), Tomografia de Resistividade Elétrica (ERT) e Tomografia de Ruído Sísmico.

Estas técnicas usam emissões eletromagnéticas para penetrar na superfície da Terra, e gerar imagens do que está do outro lado dessa barreira física.

A partir daí, os pesquisadores conseguiram criar modelos 3D do subsolo.

Segundo o Arkeonews, os resultados da investigação confirmam a presença de múltiplas câmaras e túneis subterrâneas naquele local arqueológico.

Miguel Esteves, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.