“Fomos roubados, nunca vi algo assim”: polícia em campo no Óquei Barcelos-FC Porto

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Líder perdeu no Minho devido a um livre directo na última jogada. Buzina final, “caldo entornado”.

O grande jogo da 14.ª jornada da primeira divisão nacional de hóquei em patins terminou com uma grande confusão. O Óquei Barcelos venceu em casa o FC Porto por 5-4, neste domingo.

Os portistas, que fecharam 2021 com a conquista da Taça Intercontinental, marcou cedo, por Rafa, e viria a dobrar a vantagem quando Xavi Barroso marcou a meio da primeira parte.

Alvarinho reduziu pouco depois, Luís Querido empatou mas Gonçalo Alves (o maior goleador do campeonato) ainda conseguiu fazer o 2-3 antes do intervalo.

Miguel Rocha estabeleceu nova igualdade, já no segundo tempo. 3-3 foi-se mantendo durante algum tempo, até que Carlo Di Benedetto colocou novamente – e pela última vez – os visitantes na frente.

A um minuto do fim, o FC Porto ganhava por 3-4. Mas perdeu.

Simulação, livre directo

Faltavam 59 segundos para a última buzina quando Alvarinho empatou.

A menos de um segundo do final, Alvarinho “atirou-se para a piscina”, simulou uma queda – o que representaria livre directo para o FC Porto porque seria a 10.ª falta cometida pelos minhotos.

No entanto, a equipa de arbitragem decidiu que foi mesmo falta (não há vídeo-árbitro), mostrou cartão azul a Gonçalo Alves e assim foi o Óquei de Barcelos a ter direito a um livre directo. Miguel Rocha não desperdiçou e fechou o resultado em 5-4.

E a confusão estava instalada. Praticamente toda a comitiva portista pressionou, insultou a árbitra responsável pela decisão na última jogada. Agentes da polícia entraram no recinto de jogo.

Ricardo Ares, treinador do FC Porto, prolongou as críticas: “Não me lembro de algum dia ter visto uma arbitragem assim. Fica a sensação de que não querem que o FC Porto ganhe. Os jogadores sentem-se roubados, porque foi isso que aconteceu hoje”.

Os portistas queixam-se ainda de uma grande penalidade mal assinalada a favor do adversário, e da sua repetição, que originou o 2-2; e contam também que Carlo Di Benedetto foi agredido na área ofensiva, ficando uma grande penalidade por assinalar a favor do FC Porto.

O FC Porto continua na frente do campeonato, mas agora com mais um ponto do que o Óquei Barcelos. E o Sporting, se vencer o jogo que tem em atraso, vai igualar os portistas no primeiro lugar.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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6 Comments

  1. E o que dá só haver verba para corrupção no futebol e desleixarem o Hoquei em Patins. Se pegassem nuns envelopes com dinheiro, se pagassem viagens aos arbitros de Hoquei ou arrajassem umas prostitutas nada disto acontecia. Só se podem queixar deles proprios.

  2. Concordo. Há aqui um roubo ignóbil. “Óquei”?!? Que porcaria de grafia é esta?
    Admitindo que está conforme-o-acordo-ortográfico (por nojo nem me atrevo a verificar!), cada vez mais me apetece abandonar a sucata em que se tornou a Língua Portuguesa e mudar para qualquer coisa civilizada… talvez Inglês… 🙁
    E já agora, a palavra no nome do clube Hoquei de Barcelos também muda de grafia? Para se adequar à grafia (agh) “correcta” em Português pós-AO? Que giros, que fofos! A sequir o quê? Os Sportings que há para aí vão mudar para Desportivos?
    Melhor: DesportivEs, para não ser machista!
    Só à chapada!

    • Caro leitor,
      Estivemos tentados a enviar este seu comentário para a sucata dos comentários despropositados — em particular pela sua referência à “chapada”, que consideramos ignóbil.
      Mas como hoje estamos giros e fofos, vamos fazer-lhe o favor de endereçar aos órgãos sociais do Óquei Clube de Barcelos o seu vigoroso protesto.
      Talvez os associados do clube que ainda escrevem pré-AO se mobilizem para marcar uma AG e repor o H no nome que os fundadores do clube há 74 anos decidiram não querer.

      • Sendo assim só me resta apresentar as minhas sinceras desculpas ao Óquei Clube de Barcelos, e agradecer que o comentário não tenha sido apagado, permitindo-me desta forma corrigir o meu erro na medida do possível.

        • Primeiro é tudo à bruta. Depois vem de mansinho pedir desculpa. É mesmo à tuga. As desculpas não se pedem, evitam-se!

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