Arábia Saudita já executou 100 pessoas desde janeiro. “Um país que desrespeita o direito à vida”

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U.S. Department of State / Wikimedia

Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita

Este ano, a Arábia Saudita já executou, pelo menos, 100 pessoas. No entanto, o número real de execuções pode ser mais elevado. O cenário agravou desde que Mohammed bin Salman chegou ao poder.

A Arábia Saudita continua com “uma onda implacável de assassínios”, como descreve a Amnistia Internacional (AI), que, esta sexta-feira, denunciou que, desde janeiro, aquele país já executou, pelo menos, 100 pessoas.

Apesar das promessas de Riade de limitar o uso da pena capital, continuam a ser mortas muitas pessoas, “por qualquer razão”.

“Em contraste com as repetidas promessas da Arábia Saudita de limitar o recurso à pena de morte, as autoridades sauditas já executaram 100 pessoas este ano, revelando o seu arrepiante desrespeito pelo direito à vida“, afirmou Heba Morayef, diretora da AI para o Médio Oriente e Norte de África, em comunicado.

A Amnistia explicou que a contagem é baseada apenas em informações publicadas pela agência noticiosa oficial saudita SPA e, por essa razão, advertiu que “o número real de execuções pode ser mais elevado”.

No ano passado, a organização de promoção e defesa dos direitos humanos contabilizou 196 execuções na Arábia Saudita (81 só num dia).

2022 foi o ano em que mais pessoas foram mortas às mãos do Estado Saudita.

A taxa de execuções no país árabe quase duplicou desde que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman chegou ao poder, em 2017.

Desde então, a pena de morte foi aplicada a mais de mil pessoas, na Arábia Saudita.

Heba Morayef revelou que grande parte das sentenças de morte na Arábia Saudita tem sido determinada por motivos fúteis, como por exemplo publicações críticas nas redes sociais.

ZAP //

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