A companhia aérea da Arábia Saudita rescindiu contrato com a companhia de aviação portuguesa Hi Fly, por esta ter aterrado em Israel um avião com o logótipo da Saudi Arabian Airlines, informa a agência de notícias saudita (SPA).
Contactadas pela agência Lusa, fontes do setor aeronáutico confirmaram o pedido de cancelamento do contrato com a Hi Fly – que fornece aviões com tripulação, manutenção e seguros incluídos -, empresa que tinha actualmente dois aviões ao serviço da Saudi Arabian Airlines (SAA), os quais estavam pintados com a cor e o logótipo desta companhia do Médio Oriente.
“Um destes aviões foi levado pela Hi Fly, na quinta-feira, para um aeroporto de Tel Aviv, em Israel, para manutenção. Acontece que não retiraram esses elementos identificativos da Saudi Arabian Airlines”, contou uma das fontes, sublinhando que desde 1947 que um avião da SAA não aterra em Israel.
No dia seguinte foram colocados na internet vídeos e fotos deste avião no aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv, capital de Israel.
“Esta situação causou um problema político e diplomático, com vários países do Médio Oriente a pressionarem e a questionarem a companhia aérea saudita sobre o sucedido”, acrescenta a mesma fonte.
Segunda esta fonte, a Saudi Arabian Airlines já notificou a Hi Fly da sua intenção de rescindir o contrato, alegando a violação da cláusula que determina que é proibido aterrar aviões seus em países com quem a Arábia Saudita não mantém relações bilaterais, o que acontece com Israel.
Este avião, assim que acabar a manutenção em Tel Aviv, vai regressar a Portugal, à semelhança do segundo avião que a Hi Fly tinha a voar para a SAA, que já está em Lisboa.
Segundo uma nota da companhia aérea saudita, citada pela SPA, “a empresa portuguesa tinha um contrato para fornecer transporte aéreo comercial para a Saudia Arabian. O avião estava fora de serviço e sob a gestão da holding (Hi Fly) no momento em que deixou a Arábia Saudita, a 03 de maio, com destino a Bruxelas, Bélgica, para uma manutenção de rotina”.
A Saudi Arabian Airlines sustenta que a Hi Fly tinha a obrigação contratual de a informar dos países e dos locais onde decorriam as manutenções dos aviões alugados à companhia portuguesa.
/Lusa
Ao que chega o fundamentalismo.
Aqui não é fundamentalismo, contrato é contrato. Nenhuma companhia árabe aterra em Israel exceto a da Jordânia (Royal Jordanian Airlines) e a EgyptAir (que suspendeu voos o ano passado, não sei como está agora).
Realmente, a Arábia Saudita tem muito que dizer de Israel…
Obviamente que a “Hi Fly” tem de apresentar as suas desculpas perante o sucedido, mas também deve lembrar à Arábia Saudita que não quebrou o contrato pois “Israel” não é país apenas o nome atribuído a um território ocupado. Julgo que a própria Arábia Saudita não reconhece essa independência do território que se mantém ocupado à força das armas e do dinheiro.
Apresente-se um pedido público de desculpas e redija-se um novo contrato que seja específico em relação a territórios e áreas ocupadas.
Os sauditas só conhecem um tipo de transporte: a carroça de burros (eles são os burros). Se não tivessem petróleo seriam o penico do mundo (coisa muito parecido ao que são).
Os Srs Jornalistas deviam ter mais cuidado com o que escrevem. A Sigla usada para Indicativo da Saudi Arabian Airlines é SVA e não SAA como aparece escrito. A Sigla indicada no texto, SAA, é o Indicativo da companhia South African Airways. Os Indicativos das empresas exploradoras das aeronaves constam do Doc.8585 da ICAO (International Civil Aviation Organization). Muito obrigado pela atenção.