Anúncio da vacinação das crianças entre os 5 e os 11 “está por horas”, antecipa Marques Mendes

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António Cotrim / Lusa

O conselheiro de Estado e antigo líder do PSD, Luís Marques Mendes

Comentador concorda com o Presidente da República na não necessidade de implementar em Portugal a vacinação obrigatória contra a covid-19.

Luís Marques Mendes antecipou ontem no seu espaço de comentário que a comissão técnica de vacinação deverá anunciar nas próximas horas o seu parecer positivo para a vacinação das crianças entre os 5 os 11 anos, depois de uma reunião que se terá realizado durante a tarde de ontem, domingo. “Há uma recomendação global para vacinas as crianças com doses mais pequenas”, avançou.

Reconhecendo que se trata de um tema “sensível e delicado“, o comentador deu antiga a sua visão pessoal sobre a decisão de vacinar os mais novos, sobretudo num cenário em que tivesse filhos nesta faixa etária. “Ouvi os argumentos dos dois lados e acho que há muitos mais benefícios do que riscos“, considerou. Marques Mendes é ainda da opinião que, tal como aconteceu nas faixas etárias entre os 12 e 16 anos a população vai “responder em massa“.

O comentador também concordou com a declaração do Presidente da República, na qual Marcelo Rebelo de Sousa defendeu não ser necessário em Portugal um regime de obrigatoriedade de vacinação — tal como tem vindo a ser implementado noutros países —, uma vez que “já só falta vacinar as crianças”. Já no que toca a outros territórios, admite que “não vai haver outra solução“. “Felizmente em Portugal este é um não assunto. Devemos congratular-nos por os portugueses confiarem nas vacinas”, resumiu.

Sobre este tópico, o Expresso lembra que a Direção-Geral da Saúde já recebeu a posição de um grupo de peritos em pediatria e saúde infantil sobre a vacinação contra a covid-19 de crianças dos cinco aos 11 anos, a qual prometeu divulgar brevemente.

Luís Marques Mendes abordou ainda outros temas, nomeadamente o desgaste do atual Governo — já com data de validade definida — e a possibilidade de Rui Rio se tornar primeiro-ministro no futuro. “Aplicar a Rio a célebre frase: será primeiro-ministro, só não se sabe se agora ou se daqui a dois anos”, entende.

Já sobre o futuro de António Costa, o comentador assume que um mau resultado nas eleições de 30 de janeiro “não é o cenário mais provável“, mas destacou alguns problemas que o líder do PS ainda vai enfrentar. “O Governo está muito desgastado, não tem a frescura de 2019 e o primeiro-ministro não é brilhante em campanha.” Paralelamente, existem “os debates televisivos a dois, a que ele [António Costa] não pode fugir, também não vão ser fáceis“.

Relativamente à saída de Eduardo Cabrita, Marques Mendes considera que o antigo ministro da Administração Interna só anunciou a sua saída “porque há eleições à porta” e que caso estas não se realizassem o governante se manteria no Governo — uma prova, no entender de Marques Mendes, de que o “primeiro-ministro dá mais importância às eleições que à autoridade do Estado ou à responsabilidade política“. O antigo líder do PSD classificou ainda a Eduardo Cabrita de “arrogante e ressabiado” no momento da saída.

ZAP //

4 Comments

  1. Elsa, comentarista pressupõe alguém que comenta determinado tema de forma conhecedora e aprofundada, o que não me parece acontecer com este “oráculo” que ao se pronunciar sobre tudo e todos, numa grande parte dos casos o faz apenas para parecer bem aos olhos dos mais distraídos.

  2. Cada vez que vejo cometários desta amostra de advogado só me lembro disto “o banco é sólido; não há nenhum problema com o BES” – dias depois, o BES desapareceu…

  3. Boa noite.

    Apesar de ser um pouco avesso a mensagens de “correntes” acho que deveríamos perder 2 minutos, ler e reflectir sobre as notícias com que somos inundados e alertar amigos, familiares e conhecidos. É do futuro das nossas crianças que estamos a falar!

    Creio que teremos de ser pais muito pusilânimes e bacocos para deixar que administrem uma vacina sem qualquer benefício palpável às nossas crianças.

    Está mais que provado que a vacina não diminui a probabilidade de o portador transmitir o vírus e que nem sequer diminui grandemente a possibilidade de contrair a doença. O que sabemos é que os efeitos para quem toma a vacina podem ser menores ou até imperceptíveis sendo que assim nos tornamos em transmissores assintomáticos (com os perigos que isso acarreta).

    Estar, portanto, a administrar tal “produto da ciência” a uma faixa etária que tem uma taxa de complicações devidas ao vírus de 0 a 0.03% é como estar a dizer-lhes para irem de capacete para a escola porque podem ser atingidos por um pedaço de meteorito. É possível mas tão improvável como eu ganhar o euromilhões, até porque não jogo.

    É estar a sujeitá-los à maior experiência jamais feita com a espécie humana (sim, a vacina é experimental e altamente inefectiva) para os proteger de uma coisa para a qual eles não precisam de protecção. E a quem quiser comparar este tipo de vacina com uma vacina estabelecida há décadas e com efeitos positivos comprovados: TENHAM NOÇÃO E ABSTENHAM-SE DE COMENTAR.

    Ter um governo que papagueie a vacinação de crianças como uma coisa positiva e que force a DGS a aprovar a mesma comprando as mesmas antes da sua aprovação dá-me vergonha. Vergonha de ter um governo destes e concidadãos que não saibam ver a diferença entre um pau-mandado que só se interesse em ter a sua gamela cheia e um líder (que é coisa que não temos por cá).

    Espero ter ajudado, votos de saúde,

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