“Quem disparou foi António Joaquim”. Supremo sentencia que Rosa Grilo e o amante mataram para ficar juntos

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António Pedro Santos / Lusa

O ex-amante de Rosa Grilo, António Joaquim, foi o autor do disparo que matou o triatleta Luís Grilo e marido da primeira. A certeza é do Supremo Tribunal de Justiça que condenou os dois a 25 anos de prisão.

“Não faz qualquer sentido que tenha sido esta a efectuar tal disparo, sendo possível afirmar com a necessária segurança que quem disparou foi o arguido António Joaquim“. Esta é a conclusão que consta do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, conforme cita o Correio da Manhã (CM).

O tribunal de júri de Loures tinha considerado que teria sido Rosa Grilo a fazer o disparo fatal, ilibando António Joaquim do homicídio.

No acórdão de 197 páginas agora divulgado, o Supremo vinca a certeza de que António Joaquim participou no crime em conjunto com Rosa Grilo, com a intenção de ficarem juntos.

“[António Joaquim] forneceu os instrumentos do crime – arma e munições – e tinha com aquela [Rosa Grilo] uma relação amorosa duradoura – o que afasta a intervenção de alguém estranho a essa relação –, ambos pensando continuar a vida em comum após a morte da vítima e ambos beneficiando com tal morte, dados os seguros de que aquela era beneficiária”, salienta-se no acórdão.

O Supremo também destaca o “feitio possessivo e ciumento” de Rosa Grilo e aponta que António Joaquim não conseguia pagar todas as suas despesas.

Assim, tinha o “apoio económico” de Rosa Grilo e da mãe que conhecia o romance entre ambos, segundo o acórdão.

Antes da morte de Luís Grilo, António Joaquim tinha uma situação económica “desequilibrada, por a renumeração [ganhava 1000 euros líquidos como escrivão auxiliar] não ser suficiente para suprir todas as despesas mensais“, conclui o Supremo.

Rosa Grilo também apoiava o ex-amante “ao nível da logística”, ajudando-o a tratar dos filhos de 13 e 7 anos.

O acórdão ainda nota que António Joaquim estava “fragilizado emocionalmente” após o fim do seu casamento em 2016, pois sentia-se culpado devido ao caso extraconjugal que mantinha.

Sem advogada, Rosa Grilo ganha tempo para recorrer

A advogada de Rosa Grilo deixou de a defender depois de ter sido acusada de “plantar” uma bala no local onde Luís Grilo foi assassinado. Tânia Reis desistiu do caso por se sentir “enganada” pela sua cliente.

A saída da advogada do processo aumenta o período de tempo que Rosa Grilo tem para recorrer da sentença do Supremo para o Tribunal Constitucional.

Agora ser-lhe-á nomeado um advogado oficioso se ela não indicar nenhum.

ZAP //

5 Comments

  1. Esta novela já deveria ter terminado com ambos atrás das grades a cumprir pena máxima que infelizmente neste país é curta!

  2. Ambos estão atrás das grades e está a terminar… a pena máxima talvez seja curta mas, as penas mais longas não evitam crimes – os EUA que o digam: tem as penas mais pesadas do mundo “civilizado”, das mais altas taxas de criminalidade e, a maior população prisional do mundo!…

    • As penas longas não evitam o crime. É um facto. Mas, pelo menos, protegem os cidadãos cumpridores da escória delinquente. Durante os anos em que estão arrecadados pelo menos não são uma ameaça à sociedade. Se fosse vem Portugal, o Renato Seabra, mesmo apanhando 25 anos já estava cá fora. Daqui a 12 anos estes senhores já cá estão fora. Na pior das hipóteses, cumprem 20 anos.

      • Sim e não… a maioria não são assasinos profissionais e não voltam a matar, portanto, se o mal já está feito, 20, 30 ou 50 anos de prisão acaba por ser irrelevante.
        Por mim, o Renato Seabra nem sequer teria sido preso mas sim, internado.
        As prisões acabam por ser também escolas do crime (principalmente as prisões americanas) e, quando o Renato sair, não será por ter estado muitos anos preso que vem cá para fora um cidadão melhor; antes pelo contrário!…
        Basta olhar para os EUA para se perceber que muitas teorias são facilmente desmentidas pela realidade: além das penas muito pesadas, eles tem uma alta taxa de criminalidade e pior, muito alta taxa de reincidência!!

  3. Como tem coragem de dizer que 20 ou 50 anos é irrelevante? Porque não 5 ou nenhum. Quem morre merece que lhe façam justiça, os familiares precisam da justiça para viver em paz, se tivesse alguém da sua familia assassinado não sei se pensaria assim. Rosa e António Joaquim não são assassinos profissionais, a filha adoptiva que matou uma professora no Barreiro, não é assassina profissional, ninguém que mata em Portugal ou em todo o mundo são assassinos profissionais , isso é coisa de filmes, mas não quer dizer que não mereçam ser castigados e muito, afinal uma vida é o que de mais valioso existe .

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