Ex-primeiro-ministro português figura entre os favoritos para substituir Ban Ki-moon já no fim deste ano.
Depois de uma primeira audição na Assembleia Geral das Nações Unidas, António Guterres terá conquistado vários diplomatas da organização.
Em declarações à agência Reuters, citada pelo Expresso, vários representantes diplomáticos da ONU, que preferiram não ser identificados, confessaram que o nome do ex-primeiro-ministro está entre os mais bem colocados para vencer a corrida ao cargo de secretário-geral.
O antigo Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados discursou na passada terça-feira, em Nova Iorque, uma intervenção de dez minutos que foi seguida de duas horas de perguntas por parte dos vários representantes dos Estados-membros.
Guterres aproveitou o tempo de antena na sede da ONU para garantir que pretende apostar numa maior presença feminina na organização, apelou à solidariedade de todos os países para resolver a questão dos refugiados e não se esqueceu daquela que é uma das maiores ameaças a nível mundial: o terrorismo.
O discurso terá agradado a muitos dos representantes que se encontravam na Assembleia Geral, a par do que aconteceu com Helen Clark, ex-primeira-ministra neozelandesa.
Segundo o Expresso, o terceiro lugar das preferências mantém-se, no entanto, dividido. Nomes como o da búlgara Irina Bokova, o sérvio Vuk Jeremic e o do esloveno Danilo Turk podem estar no último lugar do pódio.
“É demasiado cedo para excluir alguém, mas creio que existem pelo menos dois a três bons candidatos entre os que já escutámos”, afirmou o embaixador da Arábia Saudita Abdallah Al-Mouallimi.
A mesma opinião foi partilhada pelo embaixador da Ucrânia, Volodymyr Yelchenko, que defendeu que “há entre os nove candidatos três cabeças de série“.
Neste momento, existem nove candidatos mas a lista ainda não está fechada. A imprensa internacional tem apontado como possíveis concorrentes a ministra dos Negócios Estrangeiros da Argentina, Susana Malcorra, a atual presidente do Chile, Michelle Bachelet, e até a “bomba atómica” Angela Merkel.
O atual secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, termina o mandato no final deste ano, depois de cinco anos em funções.
ZAP
Não, não e não. Super preconceituoso. Não podemos ter alguem assim na ONU.