António Costa reúne-se com primeiros-ministros de Espanha, Grécia e Itália para discutir soluções para a energia

JuanJo Martín / EPA

Os primeiros-ministros de Portugal e Espanha, António Costa e Pedro Sánchez, na Cimeira Ibérica na Guarda.

Reunião visa concertar posições para o Conselho Europeu da próxima semana.

António Costa vai reunir-se com os seus homólogos grego, espanhol e italiano na sexta-feira, em Roma, onde discutirá a crise energética que a Europa atravessa como consequência da invasão russa à Ucrânia. A reunião que juntará o primeiro-ministro português a Pedro Sánchez, Mário Draghi e Kyriákos Mitsotákis também servirá para preparar o Conselho Europeu da próxima semana.

“A reunião de trabalho terá como foco a Segurança Energética na Europa, para concertar posições com vista ao Conselho Europeu dos dias 24 e 25 de março”, é possível ler numa nota divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro. A reunião diverge dos seus moldes atuais, sendo habitual a participação de representantes do chamado grupo de Países do Sul da Europa. Desta feita, ficam de fora Malta, Croácia, Chipre e Eslovénia, mas sobretudo França, que tem assumido uma posição diferente no que respeita às soluções para a crise energética.

De facto, o governo de Emmanuel Macron aponta para o nuclear, ao passo que Portugal e Espanha preferem uma diversificação dos mercados e a construção de um gasoduto que passe pelos Pirenéus, de forma a abastecer a Península Ibérica e o resto da Europa. Para a Comissão Europeia, este é um projeto prioritário, no entanto, o regulador espanhol dos mercados e concorrência e o regulador francês da energia recusaram o projeto, lembra o Expresso.

Portugal ficou sozinho na defesa da iniciativa, que voltou a ser assunto de relevo a propósito do conflito na Ucrânia e das sanções impostas à Rússia. Augusto Santos Silva já afirmou que, neste contexto, os entraves franceses começaram a desaparecer. Este foi precisamente um dos temas evocados por António Costa na Cimeira Informal de Versalhes, na qual o primeiro-ministro também pediu para que a Comissão Europeia permita que os Estados-membros possam determinar descidas temporárias no IVA para reduzir o preço dos combustíveis.

ZAP //

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