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Anfiteatro de Pérgamo tinha “camarotes” com lugares reservados

Anfiteatro de Pérgamo

O anfiteatro de Pérgamo, conhecido pelas suas similaridades ao Coliseu de Roma, tinha “camarotes” com os lugares reservados e os nomes gravados no assento.

Pérgamo, hoje conhecida por Bergama, foi uma antiga cidade grega rica e poderosa na Eólia, localizada a 26 quilómetros da costa do mar Egeu, agora em território turco.

Além do Altar de Pérgamo, uma magnífica estrutura dedicada a Zeus, a cidade também tem um imponente anfiteatro, conhecido pelas suas semelhanças com o icónico Coliseu de Roma. O anfiteatro é um dos mais bem preservados da Ásia Menor.

Uma equipa de investigadores descobriu agora que o anfiteatro tinha áreas privadas, com nomes gravados nelas, ao estilo de “camarotes” num estádio de futebol, avança o Daily Sabah.

TransPergMicro Project

Assentos dos “camarotes” do anfiteatro de Pérgamo.

Na época romana, os anfiteatros eram principalmente palco de munera (lutas de gladiadores) e venationes (lutas de animais). Uma vez que este edifício foi construído entre duas encostas, separadas por um ribeiro, pode-se presumir que na arena poderiam ser recriadas naumachia (batalhas navais).

A capacidade era de pelo menos 25.000 lugares, mas talvez pudesse acomodar 50.000 pessoas, revelou uma investigação preliminar.

“Eles queriam construir uma réplica do Coliseu aqui, que era frequentado por todos os segmentos da sociedade. Mas as pessoas da classe alta ou de famílias importantes tinham assentos privados em secções especiais com os seus nomes gravados neles”, começou por dizer o responsável pelas escavações, Felix Pirson, em declarações à agência Anadolu.

“Outro detalhe que nos chamou a atenção é que os nomes latinos eram escritos em letras gregas. Acreditamos que algumas pessoas de Itália tinham um lugar especial no anfiteatro de Pérgamo”, acrescentou.

Os lugares de pedra com os nomes gravados eram comprados ou alugados para uso periódico, escreve o portal Ancient-Origins.

Frequentemente, famílias muito ricas e muito importantes, principalmente italianas, tinham áreas especiais reservadas inteiramente para elas. Pelo menos cinco camarotes privados foram encontrados, a que os arqueólogos chama de cavea.

Daniel Costa, ZAP //

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