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As alterações climáticas podem chegar ao seu ketchup

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SXC

As alterações climáticas mexem com vários fatores, desta vez podem vir a interferir com a produção de tomate — o que são más notícias para os amantes de Ketchup, pizza e outros produtos à base de tomate.

De acordo com um estudo publicado na Nature Food em junho deste ano, as temperaturas crescentes permitem projetar uma diminuição em todo o mundo da produção e da rentabilidade do “cultivo do tomate” — utilizados no ketchup e outros produtos à base deste vegetal.

Segundo a Phys.org, até 2050, espera-se que a oferta global de processamento de tomate diminuía 6% em comparação com a linha de base do estudo de 1990-2009, estando a cultura italiana entre as mais atingidas.

“O tomate é cultivado em campos abertos, o que significa que não podemos controlar o ambiente em que cresce. Isto torna a produção vulnerável às alterações climáticas”, explica o autor principal do estudo, David Cammarano, professor na Universidade de Aarhus.

Segundo Dev Niyogi, professor na UT Jackson School of Geosciences e co-autor do estudo, embora o impacto do clima no fornecimento de alimentos esteja amplamente investigado, a maior parte do foco tem sido em produtos básicos como o trigo e o arroz.

Este estudo está entre os primeiros a analisar globalmente o impacto das alterações climáticas sobre o tomate.

“Sabemos muito pouco sobre como as alterações climáticas irão afetar culturas especializadas como o tomate, que tem uma incrível pegada alimentar global, além de ser uma importante fonte de nutrientes e um ingrediente na culinária de todo o mundo”, disse Niyogi.

Os investigadores usaram cinco modelos climáticos diferentes para criar três cenários distintos, projetando como o aumento das temperaturas irá influenciar a produção de tomate, concentrando-se nos três principais países produtores de tomate do mundo: os Estados Unidos — Califórnia em particular — Itália e China.

Juntos, estes países produzem cerca de 65% dos tomates cultivados do mundo.

Embora os resultados tenham variado em grau, os cenários projetados apontavam todos para um futuro em que a produção de tomate irá mudar drasticamente nas próximas décadas.

A maioria dos cenários mostra que os três países registam uma diminuição constante da produção nos próximos 30-40 anos. No estudo, os investigadores detalham diferentes fatores que podem agravar ou mitigar a situação dependendo do país.

Por exemplo, tanto o sul da Califórnia como a Itália enfrentam problemas de acesso à água, para além do aumento das temperaturas, prevendo-se que a Itália só se torne mais seca com o tempo.

Segundo Cammarano, esta combinação de temperaturas mais quentes e falta de água não assinala nada de bom para a indústria italiana do tomate no seu conjunto.

“Um número significativo das indústrias de cultivo de tomate estão atualmente localizadas em Itália, e precisam de se preparar para um futuro com um fornecimento limitado de tomate das regiões locais“, disse ele.

No entanto, na Califórnia e a China, pode recorrer-se a proteções das áreas de cultivo mais a norte, que são mais frescas.

O aumento da temperatura nestas áreas pode levar a um aumento dos rendimentos, com o estudo a projetar um aumento constante dos rendimentos de tomate para a província de Gansu, no norte da China, e para o país vizinho da Mongólia.

Contudo, mesmo no seu ponto mais alto, os rendimentos projetados destas regiões são apenas uma fração do que a Califórnia e a Itália produzem atualmente.

As projeções climáticas fornecidas no estudo levantam questões importantes para o futuro da produção de tomate a nível mundial, e poderiam ajudar as indústrias agrícolas e de produção a prepararem-se para os impactos das alterações climáticas, diz Niyogi.

“Os resultados do nosso estudo devem tornar-se um dos elementos no desenvolvimento de uma avaliação da vulnerabilidade“, explica o investigador.

“Isto poderia ajudar as empresas e as fundações a darem prioridade à investigação e às estratégias operacionais para o futuro”.

ZAP //

6 Comments

  1. Só acredita quem quer. Nâo é verdade!! um Prémio NOBEL . Syukuro Manabe. Vem fazêr declarações Publicas de que o Planeta não está com a camada de ozono nem se Encontra numa rutura de destruiçâo da mesma camada de Ozono como a Mídia comenta aos quatro ventos . Eu Pessoalmente acredito que é tudo fachada de Propaganda para o Estado Profundo implementar impostos sobre as Pessoas é tudo uma grande Aldraviçe no meu ponto de Vista EU NÃO ACREDITO NA VERSÃO OFIÇIALIZADA.

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