Cerca de 40% têm pensado melhor sobre o futuro familiar, por causa das mudanças no clima. E a mesma percentagem tem menos comida na mesa.
As alterações climáticas estão (ainda mais) na ordem do dia devido à 27.ª edição da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, a COP 27.
Dentro desse contexto, a Organização das Nações Unidas publicou os resultados de uma sondagem realizada pela UNICEF, o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância.
Um dos destaques da sondagem mundial – que envolveu mais de 240 mil pessoas – revela que cerca de 40% dos jovens estão a ponderar se vão ou não ter filhos, por causa das alterações climáticas.
Neste capítulo, as maiores percentagens verificam-se no Médio Oriente e no Norte de África (44%).
No panorama global africano, quase metade dos jovens africanos afirma ter reconsiderado ter filhos devido às mudanças climáticas.
Olhando para o presente, há menos comida e água na mesa de muitos jovens.
Igualmente cerca de 40% dos inquiridos têm menos comida, com destaque para os 52% na África Subsaariana. 20% têm maior dificuldade em ter água potável no seu dia-a-dia (35% no Médio-Oriente e norte de África).
Um em cada quatro entrevistados contou que o salário da sua família também baixou por causa das alterações no clima.
Mais de metade passou por seca ou calor extremo recentemente, enquanto 25% dos inquiridos sofrem devido à poluição do ar ou inundações.
E outro número salienta-se: 60% das pessoas já pensou em mudar de cidade – ou mesmo de país – por causa das mudanças climáticas.