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Recep Erdogan, Presidente da Turquia
A disputa entre Grécia e Turquia pelas zonas marítimas ricas em gás natural aumentou de tom nos últimos dias, com França e Alemanha a tomarem posição na contenda. Os germânicos alertam que “qualquer faísca pode levar ao desastre”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Heiko Maas, deslocou-se a Atenas e a Ancara para tentar amenizar a tensão entre as autoridades da Grécia e da Turquia por causa dos direitos de prospecção de gás natural em zonas marítimas disputadas.
“Qualquer faísca, por mais pequena que seja, pode levar ao desastre”, alerta Maas, frisando que turcos e gregos querem uma solução pacífica.
Contudo, tanto Turquia como Grécia coloram os respectivos Exércitos em alerta e enviaram navios de guerra para a zona.
Os dois países anunciaram também que vão realizar exercícios militares entre a ilha grega de Creta e o Chipre, onde o navio de prospecção turco está a levar a cabo operações de investigação sísmica de hidrocarbonetos, escoltado pela Marinha de Guerra de Ancara.
A Grécia sustenta que o navio de prospecção turco se encontra na placa continental grega, onde tem os direitos exclusivos de potenciais depósitos de gás e petróleo, pelo que optou por enviar também vasos de guerra para a área.
A Turquia está também a efectuar prospecções em águas que o Chipre reclama como suas.
Erdogan ameaça “fazer o que for preciso”
“Não vamos fazer compromissos sobre o que nos pertence. Estamos determinados a fazer o que for preciso”, já alertou o presidente da Turquia, Recep Erdogan.
O Ministério da Defesa grego anunciou, entretanto, que os exercícios militares que o país vai realizar no sul de Creta vão contar com a participação de França, Itália e Chipre.
A França coloca-se, assim, do lado dos gregos, com o presidente Emmanuel Macron a apelar a Erdogan para que trave a exploração de gás natural e petróleo nas águas disputadas com os gregos.
“O respeito pelo direito internacional deve ser a regra e não a excepção”, avisa ainda a ministra da Defesa francesa, Florence Parly, através de uma publicação no Twitter onde nota que “o Mediterrâneo Oriental transforma-se num espaço de tensões”.
“Com os nossos parceiros cipriotas, gregos e italianos, iniciamos um exercício militar com meios militares, aéreos e marítimos”, destaca ainda Parly.
A ministra revela ainda que a França participa neste exercício com “três aviões Rafale, uma fragata e um helicóptero” e reforça que é preciso dar “prioridade ao diálogo, à cooperação e à diplomacia para que o Mediterrâneo Oriental seja um espaço de estabilidade e de respeito pelo direito internacional”.
“Não deve ser um terreno de jogo das ambições de alguns; é um bem comum“, avisa ainda Parly.
Por seu turno, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão realça que “a situação actual no Mediterrâneo Oriental é brincar com o fogo“, como cita o Le Monde.
“Ninguém pode ter interesse num desastre e certamente ninguém quer um confronto militar entre os dois vizinhos parceiros da NATO”, considera ainda Heiko Maas.
ZAP // Lusa
Gregos e Turcos devem chegar a um acordo.e dá um basta nessa briguinha de comadres. Será que vai acontecer uma nova Guerra de Troia? Chipre foi palco de uma disputa entre Gregos e Turcos e terminou com a divisão em duas partes: A parte grega independente e a outra parte dependência da Turquia,que reinvidic a a sua posse até hoje. Os Gregos foram os verdadeiros fundadores das cidades que hoje fazem parte do Estado Turco – Bizâncio,a Istambul atual era tão grega quanto Atenas,Corinto,Tebas,Esparta, e tantas outras polis do mundo helênico. A Grécia tem que se fazer respeitada e dá um basta nessa arrogância turca. É o que pensa ,joaoluizgondimaguiargondim,
O mar também parece ter fronteiras, portanto elas devem estar delineadas nessa região, a partir daí há que as respeitar e é tudo!