Alerta do Governo russo: pacientes infetados com bactéria mortal fugiram

ZEISS Microscopy/CC

Quatro de cinco pacientes infetados com rara bactéria perigosa recusaram tratamento e abandonaram hospital siberiano sem autorização, avisa o Ministério da Saúde russo.

Pacientes de um hospital da região de Tuva, na Sibéria, abandonaram as instalações médicas sem autorização, informou o Ministério da Saúde da Rússia, esta terça-feira.

Os quatro pacientes estavam a receber tratamento por se encontrarem infetados com a Bacillus anthracis, bactéria que provoca a infeção antraz, doença particularmente perigosa que afeta os mamíferos.

“Quatro pacientes hospitalizados com antraz recusaram tratamento no hospital de doenças infeciosas e abandonaram as instalações médicas sem autorização”, lê-se, segundo a agência russa TASS, em comunicado oficial do Governo russo.

Serão cinco os infetados com a bactéria mortal que, se não for tratada, é mortal em 90% dos casos. Só quatro fugiram, enquanto o quinto infetado continua a receber tratamento.

As infeções tiveram lugar num acampamento de pastores, onde eram mantidos mais de 100 animais não vacinados.

Apesar de se encontrarem estáveis, a situação é particularmente perigosa e os pacientes só poderiam obter alta médica após as manifestações da doença na pele estarem curadas, de acordo com as regras e regulações sanitárias.

Originária do Egito e Mesopotâmia, a bactéria é proveniente do solo e afeta animais domésticos e selvagens. A transmissão ocorre, em grande parte dos casos, quando o humano entra em contacto com os animais ou produtos infetados. Transmissão de humano para humano é rara, mas não impossível — especialmente quando as úlceras da pele não estão totalmente saradas, como é o caso.

Este não é o primeiro aparecimento de múltiplos casos de portadores da rara doença. Em 2016, houve um surto na Península de Yamal que terá provocado dezenas de infetados e a morte de uma criança.

ZAP //

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