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Alcochete ou Seixal: Quem vendeu mais este milénio?

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Alcochete, do Sporting, e Seixal, do Benfica, são talvez as duas maiores academias em Portugal. Juntas, faturaram mais de 600 milhões de euros com vendas de produtos da formação.

Há dois caminhos que os clubes podem seguir no que toca à elaboração de um plantel competitivo: podem abrir os cordões à bolsa e atacar o mercado de transferências ou podem apostar na formação e fazer-se valer da prata da casa – ou então uma mistura dos dois.

Aproveitar os rebentos da academia de formação é a opção mais económica, mas nem sempre a mais eficaz. E, por outro lado, esbanjar o orçamento em jogadores estrangeiros sobrevalorizados também não é propriamente melhor. Assim, os clubes optam pela terceira alternativa, procurando o ponto de equilíbrio entre estas duas abordagens.

Em Portugal, há duas escolas de formação que se destacam das restantes. Alcochete e Seixal são de longe as que produzem os maiores talentos portugueses, com Sporting e Benfica a colherem os frutos destes prodígios há muitos anos. O FC Porto também conta com uma boa formação de jogadores, mas no que toca a exportar estes jovens no mercado de transferências, fica um pouco atrás dos seus rivais.

Se utilizarmos a faturação de jovens da academia como barómetro para medir a qualidade das academias, descobrimos que é o Seixal que leva vantagem.

 

Desde o início do milénio, o SL Benfica encaixou mais de 370 milhões de euros com vendas de produtos da academia. As ‘águias’ conseguiram ultrapassar a faturação do emblema de Alvalade nestes dois últimos anos, graças às vendas de João Félix ao Atlético de Madrid e Rúben Dias ao Manchester City. Só com estes dois negócios, os benfiquistas embolsaram 194 milhões de euros.

As últimas cinco épocas foram particularmente lucrativas para os ‘encarnados’, que venderam nove atletas formados no Seixal. Para além dos já referidos João Félix e Rúben Dias, o Benfica vendeu também Renato Sanches, Gonçalo Guedes, Hélder Costa, Nélson Oliveira, Pedro Rebocho, João Carvalho e André Horta.

Por sua vez, a maior afluência do Sporting em vendas de produtos da academia surge já nas últimas três épocas. Só neste período foram vendidos dez jogadores, sendo que este ano apenas Matheus Pereira foi vendido.

 

Alguns saíram depois do ataque à Academia de Alcochete, como foram os casos de Gelson, Patrício, William e Podence. Todavia, o aproveitamento do potencial financeiro destes jogadores faz parte de um esforço do presidente sportinguista, Frederico Varandas.

Ao todo, desde o virar do milénio, os ‘leões’ faturaram mais de 290 milhões de euros em vendas de jogadores formados em Alcochete.

O FC Porto, no que toca a quantidade, foi o menos ativo dos três. Ainda assim, foi capaz de encaixar mais de 176 milhões de euros em vendas nos últimos 20 anos. Fábio Silva, vendido por 40 milhões ao Wolverhampton esta temporada, é o exemplo de sucesso mais recente da formação portista.

 

Ricardo Carvalho, André Silva, Rúben Neves e Diogo Dalot são os outros nomes sonantes que permitiram o maior encaixe para os cofres portistas.

DC, ZAP //

5 Comments

  1. Mas alguém acredita mesmo nestes números. Há aqui casos que são claramente lavagem de dinheiros ou empréstimos encapotados, vejam-se, por exemplo, os casos do Felix, do Thierry Correia e do Fábio Silva.
    O Félix teria um valor de mercado a rondar os 30M€, como é que se acredita que alguém dá cerca de 4 vezes o real valor, incluindo indo acima do valor da clausula de rescisão. Os outros dois, não provaram nada que justificasse aqueles montantes. Num jornalismo que merecesse esse nome, estas situações teriam que ser esclarecidas.

  2. Números não são comparáveis. A inflação na indústria do futebol desde os anos 80 é aproximadamente de 9% ao ano. Portanto, comparar batatas com cebolas não serve de nada. A venda de Ricardo Carvalho é equivalente a 119M€ em 2020.

  3. Seria bem mais interessante quantificar em titulos ( coletivos e individuais) e golos a importância das academias.
    Aliás, no futebol os jogos vencem-se com golos e não com notas. Será?

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