As agências espaciais vão finalmente dar por terminadas as expectativas de conseguir recuperar comunicação com a Philae, a primeira sonda a aterrar num cometa.
A missão Rosetta foi um sucesso, no sentido em que conseguiu orbitar com sucesso um cometa – depois de uma viagem de 10 anos pelo espaço – e fazer com que o módulo de aterragem Philae chegasse até à superfície do 67P/Churyumov-Gerasimenko.
Infelizmente o processo de aterragem não correu tão bem quanto o esperado, com a sonda a ter saltitado para um local onde terá ficado à sombra e sem hipótese de recarregar as baterias.
As esperanças passaram então para a possibilidade de, com a aproximação ao Sol, a Philae conseguisse receber luz suficiente para se reactivar, o que felizmente veio a acontecer.
No entanto, as complicações continuaram, e as comunicações voltaram a ser perdidas. Agora, meses mais tarde, chega-se ao ponto de dar por terminadas as tentativas de comunicação, sendo muito pouco provável que a Philae volte a reactivar-se.
Isto não significa o fim da missão. A sonda Rosetta continua a orbitar o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko e irá recolher data até Setembro – e sempre atenta à possibilidade da Philae recomeçar a enviar dados.
Para além disso, está planeada uma nova passagem “rasante” ao cometa durante o Verão, onde se tentará detectar a posição exacta da Philae, de modo a dar o contexto correcto a alguns dos dados recolhidos.
Poderemos não voltar a ouvir transmissões da Philae, mas ninguém lhe tirará o lugar na História de ter sido a primeira a aterrar num cometa. Agora é só aprender com o que aconteceu, de modo a que uma segunda missão com o mesmo objectivo possa ter maior sucesso.