Afluência às urnas aumentou na repetição das legislativas no círculo da Europa

André Kosters / Lusa

Apesar deste aumento, é pouco provável que o número de votos total supere os da votação anterior devido ao prazo mais apertado para os boletins enviados por correio chegarem a Portugal.

Durante o último fim de semana, os emigrantes no círculo da Europa já puderam votar presencialmente e a afluência às urnas aumentou relativamente à votação anterior, nota a TSF.

Berta Nunes, secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, adianta à rádio que 149 eleitores dos 400 que estavam inscritos nas assembleias de voto já depositaram os seus boletins

“Felizmente aumentou a participação, comparando com a primeira vez em que as pessoas das comunidades do círculo da Europa foram a votos. Estavam 400 inscritos e votaram 116 em 24 mesas. Desta vez, faltando ainda apurar seis mesas, já temos 149 votantes, o que é um aumento e que esperamos que seja maior”, revela a responsável do Governo, que considera este aumento “um bom sinal”.

Pedro Rupio, presidente do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa, já tinha alertado para a possibilidade de um aumento da abstenção na repetição da votação devido às instruções incorretas nos mais de 900 mil boletins de voto enviados para os eleitores.

Os atrasos nos envios dos boletins para os votos por via postal também podem causar problemas na adesão dos eleitores. “Sabemos que os boletins de voto começaram a chegar à casa das pessoas na semana passada, mas hoje ainda há muitas pessoas que não receberam o boletim de voto. Sabendo que estes têm de chegar a Lisboa até 23 de março, deixa uma margem cada vez mais pequena para as pessoas poderem participar”, avisou Pedro Rupio.

No entanto, Berta Nunes descarta o cenário dos atrasos, falando antes num “prazo muito mais curto”. “Nós temos acompanhado através da Administração Eleitoral o trajeto de todos os votos. Sabemos que todos já foram entregues nos correios. Não temos a certeza se toda a gente já recebeu o seu voto e fazemos, por isso, um apelo a todos os portugueses que votem”, pede.

A secretária de Estado esclarece ainda que a primeira informação de que os votos enviados depois de dia 12 seriam inválidos é errada e que os emigrantes podem votar “até que o voto possa chegar até dia 23”.

A secretária de Estado adianta que já estão em Portugal mais de 20 mil votos, mas deve ser difícil chegar-se ao mesmo número de votos totais alcançados na primeira votação devido ao prazo mais apertado para estes chegarem.

ZAP //

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