Afinal a Rússia pode ter interferido nas eleições dos EUA, admite Trump

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Shawn Thew / EPA

O presidente dos EUA, Donald Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump

Donald Trump disse que achava que a Rússia podia ter estado por trás das interferências nas eleições presidenciais de 2016. O 45º presidente ressalvou no entanto que “podem ter sido outras pessoas noutros países”, acrescentando que era impossível ter certezas.

Estas afirmações foram proferidas durante uma conferência de imprensa com o presidente polaco, Andrzej Duda, esta quinta-feira. Trump vai encontrar-se com o presidente russo, Vladimir Putin, pela primeira vez enquanto presidente esta sexta-feira.

Quando confrontado com o facto de os serviços de inteligência americanos terem acusado a Rússia de ter interferido nas eleições, Trump respondeu lembrando que essas mesmas instituições tinham informado que havia armas de destruição maciça no Iraque, argumento que terá sido um dos fatores decisivos para a invasão do país, avança a revista Sábado.

O presidente norte americano acrescentou sobre o assunto: “Toda a gente tinha 100% de certeza que o Iraque tinha armas de destruição maciça. Adivinhem: isso levou a uma grande confusão. Eles erraram e esse erro resultou numa confusão”.

Nos últimos meses a possível interferência da Rússia nas eleições norte-americanas tem sido tema de discussão nos EUA e alvo de diversas investigações.

Durante a conferência com o presidente polaco, Trump criticou o ex presidente norte americano Barack Obama pela forma como lidou com estas interferências, dizendo que Obama “foi informado pela CIA de que tinha sido a Rússia e não fez nada quanto a isso”.

Donald Trump afirmou ainda que Obama não fez nada porque achava que Hillary Clinton ia ganhar as eleições. “Não fosse esse o caso e ele teria feito alguma coisa quanto a isto.”

Numa das últimas reuniões do G20 em que Obama participou, o presidente terá dito a Putin para “parar” de se intrometer nas presidenciais de 2016. Na sequência deste encontro, 35 diplomatas russos foram expulsos dos EUA.

Questionado sobre o canal televisivo CNN e a sua cobertura quanto ao caso da partilha do vídeo em que Trump “ataca” a CNN, o presidente acusou o meio de comunicação de fazer notícias falsas e de ter feito a cobertura sobre si de “uma forma muito desonesta”.

Depois de ter acusado a CNN de veicular notícias falsa, Trump perguntou a Duda: “Também têm isso?”. Duda é acusado de tentar controlar a imprensa polaca, informa a CNN acrescentando ainda que várias pessoas se têm manifestado contra esta tentativa de controlo.

“Algo terá de ser feito” quanto à Coreia do Norte

O presidente dos EUA afirmou ainda estar a considerar “coisas bastante severas” em resposta aos contínuos esforços da Coreia do Norte em desenvolver armas nucleares capazes de atingir o território norte americano.

Durante a conferência com Andrzej Duda, Trump afirmou que o líder da Coreia do Norte se estava a comportar de uma forma “muito, muito perigosa e que algo deve ser feito” em relação a esse comportamento, não revelando quais as possíveis medidas a adotar.

Trump afirmou no entanto que apesar de desejar um tratamento mais “severo” contra a Coreia, isso não significa que os EUA “vão até lá”.

Durante a conferência, Trump disse ainda: “A questão fundamental do nosso tempo é se o Ocidente tem a vontade de sobreviver. Tal como a Polónia não pode ser quebrada, eu declaro hoje, para que todo o mundo ouça, que o Ocidente nunca, mas nunca vai ser quebrado… A nossa civilização vai triunfar!

ZAP //

3 Comments

  1. O Trump fala com um vocabulário de 500 palavras e uma formulação conceptual de adolescente. Os americanos não merecem, nem o mundo!

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