Afinal, “cura milagrosa” para o cancro pode matar

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SXC

O jornal britânico The Guardian denuncia o esquema do autoproclamado “Genesis II Church of Health and Healing” – que na verdade não é nem uma igreja nem uma instituição de saúde.

Este sábado terá lugar em Nova Iorque, nos Estados Unidos, um encontro para promover um “remédio” chamado MMS que promete a cura para o cancro e outras doenças fatais. Contudo, a cura é uma fraude e pode matar.

É sob a capa de grupo religioso-científico que pretendem atrair pessoas desesperadas por um milagres que as salve: 450 dólares por pessoa ou 800 por casal é o valor a pagar para participar no seminário em que será dada a conhecer a “suplemento mineral milagroso”, que promete a cura para o cancro e outras doenças graves.

O acontecimento vai ocorrer apesar de a Food and Drug Administration (FDA), entidade que regula e fiscaliza a indústria farmacêutica nos Estados Unidos, já ter emitido um alerta contra o produto, exortando os consumidores a não beberem ou comprarem a “solução”, que apelidam de “lixívia perigosa que causou efeitos secundários graves e potencialmente fatais”. O aviso, de acordo com o The Guardian, não foi, no entanto, seguido de ações concretas, nomeadamente a de impedir a realização do dito encontro.

Os fabricantes de MMS normalmente comercializam o produto em duas partes, cloreto de sódio e ácido cítrico, que misturados resultam em dióxido de cloro, um potente detergente industrial. É este líquido que a Genesis II vende com a promessa de curar o cancro, a sida, a malária e até o autismo, sob a capa de cura milagrosa.

De acordo com o jornal britânico, por detrás desta fraude, de contornos cruéis e possivelmente criminosos, estão dois homens – Mark e Jonathan Grenon -, que se auto-intitulam “bispos” da igreja Genesis II, já espalharam o seu esquema para diversas partes do mundo e terão inspirado uma rede que distribuiu a “lixívia” a mais de 50 mil pessoas no Uganda.

ZAP //

 

1 Comment

  1. Quem nesta altura ainda acredita em “curas milagrosas” seja lá para o que for, principalmente se são anunciadas por uma “nova igreja” qualquer (e claro, a pagar bem logo á entrada) precisa é de ganhar um prémio Darwin.
    Pelo menos podemos ir eliminando a estupidez do mapa genético, um idiota de cada vez…

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