Cortesia / IVI
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Investigação pioneira para compreender e melhorar o acompanhamento dos doentes é conduzida pela Ipafasia e pela ULS de Matosinhos.
Milhares de pessoas que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC) têm, entre outros problemas, afasia.
A afasia é uma perturbação da linguagem, um distúrbio da comunicação que mexe com o processamento da linguagem, prejudicando a capacidade de falar e de compreender.
Afeta a capacidade de falar, compreender, ler e escrever. É uma consequência frequente do AVC mas continua a ser subdiagnosticada e pouco compreendida.
Por isso, a IPAFASIA – Instituto Português da Afasia e a Unidade Local de Saúde de Matosinhos (com a colaboração da Unidade de AVC do Hospital Pedro Hispano) vão desenvolver um estudo pioneiro para analisar a incidência e impacto da condição nos sobreviventes de AVC.
O foco do estudo será caracterizar o impacto psicossocial da afasia em sobreviventes de primeiro AVC residentes nos concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, internados naquela Unidade em 2023.
Principais objetivos: determinar a prevalência de afasia após um primeiro episódio de AVC, identificar as necessidades dos sobreviventes de AVC com afasia e dos seus familiares relativamente a serviços de reabilitação e suporte e determinar o grau de satisfação relativamente aos serviços de saúde e reabilitação a que tiveram acesso desde a admissão hospitalar até ao presente.
Em comunicado enviado ao ZAP, lê-se que só assim será possível identificar lacunas nos serviços disponíveis e propor possíveis soluções, considerando barreiras e facilitadores à sua implementação.
A base do estudo serão as bases de dados institucionais, para identificar utentes com afasia e mapear o seu percurso clínico. Após a recolha de todas as informações, será realizada uma análise estatística detalhada, cujos resultados serão divulgados em 2026, em formato de relatório e infografias.