Postos de trabalho serão transferidos para a Índia, onde a empresa espera ter menos encargos com os trabalhadores.
A Adidas vai dispensar 300 colaboradores da sua equipa de Global Business Services Porto, sediada na Maia, numa decisão com tremendo impacto social e económico para a região. Em declarações ao Jornal de Notícias, os funcionários, que preferem falar sob anonimato, dizem estar em causa a “extinção de mais ou menos 500 postos de trabalho” e que “tudo aconteceu de forma súbita, afetando praticamente todos os cargos no hub do Porto — TecMaia de forma transversal, desde os cargos de nível de entrada até à gestão”.
A comunicação da notícia aos trabalhadores aconteceu na última quinta-feira, dia 12, pelo vice-presidente da Adidas, Mui Florece, no entanto, esta decorreu “de forma absolutamente desumana, tratando-a friamente como uma ‘decisão de negócios justificada” e “uma forma de reduzir custos e cumpri as metas financeiras de 2025”. Foi ainda explicado que os trabalhadores não receberão “nenhuma compensação será paga, pois as funções foram formalmente tratadas como extintas“.
De facto, a intenção da empresa parece ser transferir os postos de trabalho para Índia, onde os salários são mais baixos.
A Adidas confirmou que “haverá mudanças na estrutura organizacional no Porto em conexão com o desenvolvimento das funções de serviços compartilhados da empresa”. “Futuramente, algumas tarefas serão desempenhadas noutros locais fora de Portugal e, numa segunda fase, novas responsabilidades serão criadas no Porto”. “A Adidas lamenta o impacto que a decisão pode ter sobre os funcionários e está a tentar encontrar soluções justas para todos os afetados através de conversas pessoais“, refere Stefan Pursche, relações públicas da empresa.
Os trabalhadores não se conformam com a forma como a notícia foi transmitida nem com os trâmites do processo, com acusações de silenciamento e censura do staff. A Câmara da Maia e o Cesp – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços garantem não saber de nada, com a autarquia a desenvolver contactos para conhecer os contornos do despedimento.
Isto é apenas o começo de desastre que se aproxima do país.
Multinacionais parasitas… é ver que apoios/benefícios tiveram e mandar-lhes a conta!!
Talvez se arrependam porque a qualidade dos produtos não será a mesma!!!