Acusações entre empresas candidatas podem atrasar o concurso de compra de 117 comboios para a CP

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Em causa estão acusações de falta de documentos ou assinaturas. Os conflitos entre as empresas podem chegar a tribunal e atrasar as compras dos comboios.

Foram detetadas irregularidades nas propostas das empresas candidatas à venda de 117 comboios à CP, mas nenhuma das candidaturas foi excluída, segundo escreve o Público. Os conflitos entre as empresas candidatas estão a ameaçar atrasar o processo de compra de novas carruagens.

Entre os seis candidatos — Alstom, CAF, CRRC, Hitachi, Talgo/Siemens e Stadler — só a Stadler apresentou todos os documentos necessários, o que levou a que a empresa suíça reclamasse a ilegalidade imediata das outras candidaturas.

A CAF também tem um processo em litígio em tribunal com a CP devido ao último concurso de compra onde exige a exclusão da CRRC, Hitachi e Stadler. O concurso em causa foi vencido pela Stadler, mas a CAF acusa a concorrente de não cumprir o caderno de encargos e o processo ainda não tem sentença.

A Stadler e a CAF querem também o afastamento dos chineses da CRRC por considerarem que a empresa concorrente não apresentou os documentos necessários onde prova experiência de fornecimentos de comboios que cumprem as ETI (Especificações Técnicas de Interoperabilidade) europeias e que estes não estão devidamente legalizados

Para além da CRRC, a Stadler e a CAF também contestam a candidatura da Hitachi porque os documentos entregues não tinham assinaturas eletrónicas e não estavam totalmente traduzidos.

A CAF acusa ainda a Stadler de mostrar a sua capacidade de cumprir as normas europeias com um link para uma página que não está traduzida, exigindo também a sua exclusão do processo.

Por sua vez, a Stadler que excluir todos os outros candidatos, apontando faltas de assinaturas eletrónicas nos documentos da Siemens/Talgo. Relativamente à Alstom e à CAF, falta um documento, e a Stalder reforça que as autoridades espanholas sancionaram as empresas por integrarem um cartel que distorcia a concorrência, algo que entende ser motivo de exclusão imediata.

Já a CAF tem um historial de conflitos com a CP devido a um alegado incumprimento da empresa na reparação de 45 bogies motores, que a transportadora pública portuguesa denunciou em Fevereiro.

ZAP //

1 Comment

  1. Deve ser um negócio muito bom, para toda esta gente se degladiar assim. Por este andar, não vamos ter comboios novos nesta década – boas notícias para a Brisa.

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