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Açores querem alcançar em 2024 certificação de ouro como destino turístico sustentável

Giåm / Flickr

Ilha de São Jorge, Açores.

Autoridades pretendem fazer uma gestão do crescimento do turismo na ilha, de forma a evitar excessos que sejam prejudiciais para o ambiente.

Os Açores querem “elevar os padrões de sustentabilidade” e alcançar, em 2024, a certificação de ouro como destino turístico sustentável, avançou hoje o secretário regional dos Transportes, Turismo e Energia, Mário Mota Borges. O titular pela pasta do Turismo nos Açores falava, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na reunião do Comité Consultivo para a Sustentabilidade do Destino.

Em 2019 os Açores foram a primeira região do país certificada como destino turístico sustentável, distinção entregue com a categoria de “prata” pela Earthcheck. Trata-se de um grupo internacional de certificação e consultoria de ‘benchmarking’ científico em viagens e turismo, com atividade desde 1987. A certificação respondeu aos critérios do Global Sustainable Tourism Council [Conselho Global de Turismo Sustentável], organismo internacional de acreditação para a certificação de turismo sustentável.

O processo de certificação dos Açores iniciou-se em 2017, proclamado pelas Nações Unidas como Ano Internacional do Turismo Sustentável.

Hoje, na intervenção na reunião do Comité Consultivo para a Sustentabilidade do Destino, o secretário regional dos Transportes, Turismo e Energia sublinhou a necessidade de “elevar os padrões de sustentabilidade” dos Açores como destino turístico, preservando a natureza, “um ativo” da Região. “Em 2024 pretendemos alcançar a certificação de ouro de destino turístico sustentável”, vincou o titular pela pasta do Turismo do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP/PPM.

O governante acrescentou que a obtenção daquela distinção “não é automática“, daí ser necessário um trabalho “conjunto com várias entidades“, numa “postura colaborativa”. Antes de atingir a meta de certificação de ouro como destino turístico sustentável, a Região “já está a ser alvo de uma auditoria local” com vista “a alcançar o nível dois” da categoria de prata detida, segundo explicou aos jornalistas Mário Mota Borges.

“Alguns dos presentes nesta reunião já estão há algum tempo nos Açores e estão a verificar o que está sendo feito, a solicitar algumas correções. E, portanto, é um processo em contínuo desenvolvimento”, referiu.

O governante sublinhou que, em toda esta estratégia, existem “duas peças fundamentais“, nomeadamente a elaboração de um novo Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo nos Açores para o horizonte 2021-2025 e de um novo Plano do Ordenamento do Turismo da Região. “Estamos neste domínio de certificação muito em posicionados, mas ainda há um caminho a percorrer até chegar a um valor que nos permita chegar mais longe”, disse.

Em preparação estão também os Regimes Jurídicos para o Alojamento Turístico, para os Percursos Pedestres da Região, assim como o Regime Jurídico da Animação Turística do arquipélago.

“Em tudo na vida existem ondas, existem modas e tendências. A nossa ação destina-se, também, a fazer controlo dos excessos daquilo que for a oferta em determinados ramos, no sentido positivo de controlo para que haja benefício coletivo e não no sentido de repressão de qualquer tendência de forma unilateral. Queremos que as pessoas e os agentes percebam que o controlo que venha a ser feito é benéfico para todos a médio prazo”, sustentou.

LUSA //

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