#MeToo. Acordo de 40 milhões para evitar processo contra Harvey Weinstein

Justin Lane / EPA

O antigo produtor de Hollywood Harvey Weinstein terá chegado a um acordo no valor de 44 milhões de dólares (cerca de 40 millhões de euros) em indemnização com dezenas das suas vítimas, de forma a travar o processo civil de que é alvo em Nova Iorque.

Segundo avançaram o Wall Street Journal e o New York Times, que citam várias fontes próximas do processo, caso o acordo seja concluído, resolverá os processos civis apresentados pela procuradoria de Nova Iorque no ano passado, que acusa os executivos da Weistein Company de não protegerem os funcionários de um ambiente de trabalho hostil e da má conduta sexual de Harvey Weinstein.

A notícia, avançada esta sexta-feira pelo Diário de Notícias, indica que o acordo inclui ainda os executivos do seu antigo estúdio e a procuradoria-geral de Nova Iorque e não afeta o processo criminal, no qual o ex-produtor é acusado de ter violado uma mulher em 2013 e de tentado forçar um ato sexual com outra mulher em 2006. Esse julgamento deverá começar em setembro. O antigo produtor nega os crimes.

De acordo com o New York Times, o valor do atual acordo é menos de metade do inicialmente discutido para a criação de um fundo de apoio às vítimas, discutido no ano passado entre um grupo de investidores interessado em comprar os bens da produtora de Weinstein e o então procurador de Nova Iorque. Esse acordo era de 90 milhões de dólares, mas caiu por terra no último minuto.

Uma das fontes revelou igualmente que os 44 milhões de dólares seriam pagos pelas companhias de seguros.

As acusações a Harvey Weinstein resultam de uma investigação feita por um Grande Júri de Manhattan (Nova Iorque). O produtor, expulso da Academia e despedido da sua produtora – Weinstein Company -, anunciou estar a entrar num processo de falência, tendo se entregado numa esquadra em Manhattan em maio de 2018, acabando por sair em liberdade com monitorização eletrónica após pagar uma fiança de um milhão de dólares.

As denúncias desencadearam o movimento #MeToo, com milhares de mulheres a usarem as redes sociais para denunciar abusos sexuais em todo o mundo.

TP, ZAP //

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