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Cientistas “acordam” bactérias com 100 milhões de anos

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IRRI Images / Flickr

Os micróbios e as bactérias estavam presentes em argilas enterradas no fundo do mar do oceano Pacífico e são apontados como os organismos vivos mais antigos do planeta Terra.

Uma equipa de cientistas, dos Estados Unidos e do Japão, conseguiu “acordar” bactérias da época dos dinossauros, com mais de 100 milhões de anos.

A Reuters conta que os microrganismos estavam adormecidos nas profundezas do oceano Pacífico e a equipa está convicta de que estes micróbios são os organismos vivos mais antigos do planeta. O artigo científico com a descoberta foi publicado na terça-feira na Nature Communications.

“É surpreendente e biologicamente desafiador que uma grande parte dos micróbios tenha sido capaz de reviver após muito tempo enterrados ou presos sob condições extremamente baixas de nutrientes e energia”, comentou Yuri Morono, geomicrobiologista da Agência de Ciência e Tecnologia do Japão.

Os investigadores contaram com a ajuda do navio de pesquisa JOIDES Resolution para encontrar os micróbios, representantes de numerosos grupos de bactérias, em sedimentos nas profundezas do sul do oceano Pacífico.

Com o auxílio do JOIDES Resolution, foi feita uma perfuração de quase seis quilómetros de profundidade no mar. As amostras de argila, nas quais os micróbios foram encontrados, foram recolhidas cerca de 74,5 metros abaixo do fundo do oceano.

As bactérias remontam à época em que os dinossauros habitavam o planeta Terra e sobreviveram mesmo sem nutrientes.

Durante a experiência, já em laboratório, os cientistas incubaram os microrganismos durante 557 dias. Com a incubação, as bactérias cresceram, multiplicaram-se e revelaram várias atividades metabólicas.

“Manter a capacidade fisiológica total durante 100 milhões de anos em isolamento e com fome é uma façanha impressionante“, disse o oceanógrafo Steven D’Hondt, da Universidade de Rhode Island, nos Estados Unidos.

ZAP //

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