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Durante uma semana, Lisboa vai ter passe de transportes a 10 euros

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Os transportes da Área Metropolitana de Lisboa (AML) vão ter no mês de abril um passe com o preço de 10 euros e validade de sete dias para assegurar o período transitório da implementação do novo sistema tarifário metropolitano.

De acordo com um comunicado assinado pelo primeiro secretário da Área Metropolitana de Lisboa, Carlos Humberto, será “aprovada a criação, durante o mês de abril e de forma transitória para os utilizadores com passe deslizante [de 30 dias] cujo termo decorra durante o mês de abril, de um passe com âmbito geográfico equivalente ao do passe do metropolitano”.

Segundo o mesmo documento, o passe terá a validade de sete dias, “a vigorar após o termo do título deslizante e a comercializar a partir do dia 8 de abril de 2019 e até ao final desse mês”, pode ler-se na nota.

O Governo e os presidentes dos municípios da AML assinam esta segunda-feora na capital os contratos para a entrada em vigor, em abril, de um passe único nos 18 concelhos da AML, que custará no máximo 40 euros.

O passe único terminará com as centenas de títulos combinados que existem atualmente para a utilização dos transportes coletivos e vai ter apenas duas configurações: o Navegante Municipal custará 30 euros, permitindo viagens dentro de cada concelho, e o Navegante Metropolitano custará 40 euros, permitindo deslocações nos meios de transporte públicos em toda a área metropolitana.

Com o novo passe, as crianças podem viajar gratuitamente em toda a AML até ao último dia dos seus 12 anos, o que atualmente só acontecia no concelho de Lisboa. Serão mantidos os descontos para estudantes, reformados e carenciados.

O novo passe, que poderá ser carregado a partir de 26 de março, é mensal (válido por um mês, a partir do seu primeiro dia).

Vendas no Porto arrancam a 21 de março

Na cidade do Porto, o passe único, que entrará em vigor a 1 de abril, vai poder ser adquirido a partir de 21 de março nas lojas Andante da Área Metropolitana do Porto, revelou também esta segunda-feira o presidente daquela entidade.

Na reunião do Conselho Metropolitano, o presidente, Eduardo Vítor Rodrigues, adiantou que apenas quem possui o título de transporte Z2 e quer incluir uma ou mais zonas terá de se dirigir a uma loja Andante. Para quem tem título Z4 e passar a usufruir do passe único metropolitano, a mudança será automática, acrescentou.

No dia 20, véspera do arranque da venda do título, é lançada uma campanha de informação que a AMP pretende que seja esclarecedora para todos os utilizadores do passe único dentro da área metropolitana. A Área Metropolitana do Porto aprovou, em 22 de fevereiro, uma proposta de passe único de 40 euros para viagens intermunicipais e um outro de 30 euros para viagens dentro do concelho ou até três zonas.

No âmbito do PRAT – Plano de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos foi ainda aprovado um título gratuito para crianças até aos 12 anos, que deverá entrar em vigor a 1 de setembro. Na reunião de hoje, o também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia voltou, contudo, a admitir que a medida pode não entrar em vigor já no dia 1 de abril em toda a área metropolitana, uma vez que há operadores que ainda não adquiriram os validadores necessários na rede Andante.

Segundo Eduardo Vítor Rodrigues, mantêm-se ainda questões por resolver com a empresa Auto Viação Feirense que serve nove concelhos – Santa Maria da Feira, Arouca, Castelo de Paiva, Ovar, S. João da Madeira, Porto, Gaia, Espinho e Gondomar – e o Grupo Transdev, no caso particular de Santo Tirso.

O presidente da AMP acredita ainda assim que estes constrangimentos possam já estar resolvidos até ao dia 1 maio, até porque, sublinha, os validadores são condição essencial para que estas empresas possam entrar no concurso para a concessão dos transportes rodoviários que está a ser ultimado.

No caso da CP, as negociações ainda decorrem, estando já marcada uma reunião para o próximo dia 29 de março. Em simultâneo, referiu Eduardo Vítor Rodrigues, vai ser assinado um contrato interadministrativo com o Governo que atribui à AMP a tutela da imposição dos tarifários.

O autarca informou ainda que, neste momento, não é possível avançar com a implementação no Grande Porto do “passe família”, por questões técnicas na aferição dos dados do agregado. Quanto a este “passe família”, reafirmou o autarca, o assunto está a ser estudado, não havendo para já uma data quanto à sua entrada em vigor, já que subsistem dificuldades em aferir eventuais fraudes.

Com o “passe família”, todos os elementos de um agregado familiar que vivam na mesma casa têm acesso ao passe único por um preço fixo de 80 euros, correspondente ao valor de dois títulos mensais.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. ELEITORALISMO feito com o dinheiro dos contribuintes !
    Ou alguém pensa que estas borlas do governo não vão ser pagas com o dinheiro dos impostos ??

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