A “Última Ceia” Olímpica e mais 7 polémicas dos Jogos de Paris

2

Joel Marklund / EPA

Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos Paris 2024

Drag quenns, birras olímpicas, espionagem com drones, Paris no Pacífico, camas antissexo… são algumas das polémicas que estão a marcar a presente edição dos Jogos Olímpicos (que ainda agora começou).

Os Jogos Olímpicos ainda agora começaram e já estão a dar tanto que falar.

Já antes da cerimónia de abertura, na quarta-feira, tinha acontecido algo insólito no torneio de futebol, no jogo entre Argentina e Marrocos.

Ao minuto 90+16, o jogo estava 2-1 para a seleção africana. Ao cair do pano, Cristian Medina, com um golo “aos trambolhões”, fez o empate para os latinos.

Após o golo do empate da Argentina, vários adeptos marroquinos invadiram o campo, o que levou à interrupção do jogo durante uma hora . Quando as equipas voltaram ao campo para jogar os três minutos que restavam e já sem adeptos no estádio, o árbitro anulou o golo da Argentina – uma hora depois – e jogo acabou 2-1.

A Argentina apresentou queixa à FIFA – que está a investigador o acontecimento “insólito”, como descreveu Lionel Messi.

Chegados ao dia D…

Sabotagem no TGV

No dia da cerimónia de abertura, esta sexta-feira, Paris acordou sob alarmes. Os comboios de alta velocidade da capital francesa (TGV) tinha sido atacados.

Os ataques consistiram em incêndios provocados de forma coordenada em condutas de cabos de energia de sinalização e comunicação.

As autoridades francesas tentaram remediar ao máximo a situação para a cidade estivesse apta para a cerimónia de abertura…

E para o regresso das polémicas

Em quatro horas de cerimónia (que começou às 18h30 de Lisboa) era muito difícil que tudo estivesse ao agrado de todos.

Um dos momentos mais consensuais foi o regresso surpresa de Céline Dion. Depois de vários anos fora dos holofotes, depois de ter sido diagnosticada com uma doença rara, a canadiana voltou para cantar o “Hino ao Amor” de Édith Piaf.

Pelo contrário, na “mesa” dos mais críticos reuniu opiniões muito negativas quanto à paródia da “Última Ceia” protagonizada por drag queens.

A “jogar em casa” os bispos franceses juntaram-se para criticar duramente o momento, que descreveram como “escárnio do Cristianismo”.

“Esta manhã pensamos em todos os cristãos de todos os continentes que foram feridos pelo excesso e pela provocação de certas cenas. Queremos que compreendam que a celebração olímpica vai muito além dos preconceitos ideológicos de alguns artistas”, disse a Conferência Episcopal de França, citada pela Renascença.

Negacionista da derrota

Este sábado, primeiro dia “a sério” e primeiras polémicas.

A campeã olímpica de esgrima perdeu logo na primeira ronda, e não lidou nada bem com a derrota.

Yiwen Sun protestou com os juízes e, por instantes, a recusou-se a abandonar a pista, desrespeitando a oponente Miho Yoshimura do Japão.

Expulsas antes do começo

Mas ainda antes do arranque dos Jogos, já havia várias polémicas a envolver campeãs.

A britânica e “crónica” medalhada, Charlotte Dujardin, foi afastada, depois de ter sido apanhada a chicotear mais de 20 vezes o seu cavalo. A cavaleira perdeu a oportunidade de se tornar a atleta britânica mais medalhada de sempre.

Quem também foi afastada foi a treinadora da equipa feminina de futebol do Canadá e medalha de ouro nos Jogos de Tóquio em 2020, Bev Priestman, por uma alegada espionagem com drones a outras equipas.

Jogos a quase 16.000 quilómetros

Outra questão que está a levantar polémica é as provas de surf serem realizadas no Taiti, no Oceano Pacífico, a cerca de 15.700 quilómetros de Paris.

Não havendo Praia em Paris, o Comité Olímpico optou por levar estas provas para a maior ilha da Polinésia Francesa, pertencente a França.

As portuguesas Yolanda Hopkins e Teresa Bonvalot estão em competição na praia de Teahupo’o, a partir deste sábado.

Camas antissexo

Por último, a já antiga e mais que habitual “polémica”: sexo na Vila Olímpica.

A ex-atleta olímpica alemã Susen Tiedtke confessou ao jornal Bild, em 2021, que “o sexo é inevitável, independentemente do que se faça”.

“Os atletas estão no seu pico físico nos Jogos Olímpicos. Quando a competição termina, querem libertar a energia“, explica a antiga saltadora, citada pelo Correio da Manhã.

“Ouvia-se sempre a festa dos outros. Às vezes mal conseguia dormir. É uma atrás da outra e depois o álcool entra em cena”, contou Susen Tiedtke.

A contar com isso de antemão, a organização distribuiu 220.000 preservativos aos atletas.

No entanto, houve atletas que já em Tóquio 2021 denunciaram que agora as camas são antissexo, uma vez que são feitas com estruturas de papelão e, por isso, são mais “frágeis”.

Miguel Esteves, ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

2 Comments

  1. Peculiar a paródia ser com a Igreja Católica.

    Falta de coragem em paródias com as outras religiões? Pois é, é que com outras as consequências iriam ser sentidas a sério.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.